Às vezes, não sei se me escondo debaixo da saia de alguém ou se peço para me deixarem em paz de uma vez.
Algumas coisas ainda me causam medo, incerteza. Outras me causam estranheza. Às vezes eu queria uma bola de cristal só para desafiar o destino, para ver se existe mesmo sincronia com o desconhecido.
Queria ter ousadia para ir lá onde se atreveram a mexer nas feridas, só para ser boa de briga e colocar os pingos nos is e deixar tudo às claras, como quem nunca mais vai se humilhar só por conta de um pedaço de pão de atenção.

Às vezes, eu sinto que me faltam pernas, braços, mas eu insisto nas coisas que acredito e insisto na força que não me deixa desistir.
Sonhar, ainda posso; reverter a situação, também. Esquecer quem nunca se lembrou de mim é algo que já deveria ter feito há muito tempo.
Às vezes eu sou o próprio milagre só por ter aberto o coração, enxergado a alma e ter aprendido que o que não vale a pena, não é preciso pena, e sim que eu entenda que eu sou especial e que sempre haverá um lugar em que eu me encaixe, encontre, mereça.

Tenho compaixão por quem acha bonito humilhar o próximo só para se achar grande, que se esconde por trás do que realmente é por não ter coragem de se enfrentar diante do espelho.
Eu não estou aqui para julgar, mas para agradecer a Deus pelas coisas que ele me ensina.
Uma delas é deixar que a lei do retorno aconteça naturalmente.
Nada como um dia após o outro para as coisas se encaixarem ou desencaixarem e rumar para o lugar certo.

No tempo de Deus nada é incerto. Pelo contrário, agora mesmo Ele está desempenhando o papel de cuidar de tudo além daquilo que não se vê, mas se sente. Nada fica sem resposta, por mais que demore.
A minha oração agora é prece silenciosa, sem desdenhar ninguém. É de emanar amor por mais que a revolta seja o primeiro e último pensando do dia na vida de quem não sabe tolerar, perdoar; de quem vai acabar envelhecendo ou adoecendo antes do tempo porque tudo isso corrói o espírito e não ajuda em nada. Não ajuda a ter paz.
O que eu sei é que a vida é o que a gente precisa e não o que tentam nos empurrar goela abaixo.
É o que não pode pesar o tempo todo nos ombros, é caminho de luz e mansidão quando se quer aprender os bons ensinamentos e vibrar por coisas melhores.
É preciso manter o coração desacorrentando e livre do que prejudica a alma.
Assim sendo, eu me protejo. Elevo os pensamentos e chego até o degrau em que consigo alcançar todo meu sentimento de gratidão. Se preciso for, eu me ajoelho.
Digo que vai ficar tudo bem.
Mas não esqueço de sentir que em cada partícula do meu tempo Ele habita em mim como fonte de fé, fraternidade, amor e encorajamento!
Amém!








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.