Nossos filhos herdam nossos genes e também, as nossas sombras!

Quando pensamos em hereditariedade é comum lembrarmos de genes, características físicas, heranças dominantes e recessivas e, até mesmo, a predisposição para doenças. Porém, como neurocientista eu preciso ampliar esse pensamento e considerar a hereditariedade daquilo que se encontra fora do campo da genética: o comportamento.

Quando temos filhos, somos seus espelhos e eles são nossos reflexos. Isso é natural e biológico.

Quando nascem, nossos filhos, são 100% dependentes de nós, inclusive, os seres humanos são a espécie mais vulnerável de todas ao nascer.

Os filhos são nossos dependentes e, essa dependência, gera a cópia, que formata uma personalidade que tende a repetir o que foi ensinado, o que se vê e sente.

Mesmo dentro da genética, o que é feito pelos pais, é íntimo à personalidade do filho.

Se descuidamos do que de melhor podemos dar, para que possam copiar e, passamos a compartilhar com eles as nossas sombras, possivelmente, eles passarão a apresentar o mesmo modelo.

A família é o primeiro grupo de pertencimento, é referência, tanto para copiar ações admiráveis, quanto para repetir atitudes consideradas ruins. Ou seja, herdamos geneticamente e aprendemos comportamentos que nem imaginávamos que teríamos, caso a nossa criação tivesse sido outra.

Nesse contexto, acredito que os comportamentos podem ser herdados mesmo sem as nuances cognitivas da experiência prévia.

Por exemplo, estava brincando com meu filho de 3 anos de mexer em sua orelha, ele não gosta disso, mas eu sei o limite. Quando minha filha fez o mesmo, ele logo reclamou. Quando tentei explicar que ele não gostava, ela disse que eu havia feito a mesma coisa. Ou seja, ela copiou minha atitude, só que não há nela ainda o desenvolvimento cognitivo para entender as nuances do limite.

Por isso, a educação é muito mais do que uma obrigação parental, é uma estratégia relevante para evitar danos futuros.

Podemos evitar adolescentes problemáticos, envolvimento com drogas, falta de perspectiva profissional e outras circunstâncias se soubermos, conscientemente, oferecer aos nossos filhos a nossa luz e, os alertar quanto as nossas sombras, para que eles não venham a repetí-las.

*Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Vitolda Klein no Unsplash.

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.