“O dilema de viver esperando sabendo que de nada adianta esperar”
Viver esperando tem limite.
Esperar pacientemente sendo motivado por uma estratégia pode ser válido se essa busca visa um resultado positivo, tem uma finalidade.
Mas, quando nada acontece e o tempo de espera se alonga, é preciso repensar a estratégia.
Isso porque de nada adianta esperar sem agir.
Quando a gente pensa, por exemplo, que num futuro próximo a vida vai ser melhor, é necessário mexer em algumas coisas para, com o passar de um certo tempo de espera, obter o resultado esperado.
Como sou um homem ansioso, muitas vezes, faço meus projetos ‘para ontem’ e, por mais que tenha que esperar, não consigo esperar muito.
Sinto como se o ato de esperar diminuísse o tesão no resultado, como se a espera levasse a uma zona de conforto sem empolgação. Por isso, esperar pode ser perigoso.
Tudo na vida tem que ter um equilíbrio, e esperar não é diferente.
Há muitas pessoas que usam o tempo em um relacionamento para protelar a capacidade de mudança.
Isso pode fazer a outra pessoa da relação se sentir enganada.
Nesse caso, o cognitivo do parceiro acaba funcionando como um dispositivo de detonação ao perceber que o tempo é, na verdade, um disfarce para a falta de ação do outro.
Quantas pessoas no Brasil morreram esperando o país melhorar?
A esperança só não mata se agirmos.
É uma frase paradoxal, sim.
Até porque esperar é diferente de esperançar.
Esperar de fato nada adianta enquanto esperançar cria uma projeção mental positiva, que nos torna prudentemente corajosos, ao invés de frequentemente amedrontados.
Esperar nada adianta se você ficar na inércia, esperando a sorte, o destino. Pois o tempo mata a esperança e uma esperança morta é um sentimento abandonado.
Mas, quando você se coloca na posição de protagonista e toma uma decisão através de uma ação a seu favor, você “espera” o resultado daquela ação.
Somos e estamos na causa e efeito (positivo ou negativo) da nossa própria vida.
IMAGEM DE CAPA:PIXABAY
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]
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