O excesso de autocrítica pode acabar com sua carreira (e sua felicidade também)!
Autocrítica é a capacidade do indivíduo realizar uma avaliação profunda de seus atos, qualidades e defeitos. Tê-la, pode ser uma característica muito boa, no sentido de nos ajudar a ser cada vez melhores para nós e para os outros. Mas também pode ser o próprio inferno.
Temos o hábito de ser mais maleáveis com os outros, empáticos. Procuramos sempre compreender o lado da outra pessoa, justificar seus atos… Mas, quando se trata de nós mesmos, julgamos nossas ações, qualidades e defeitos com uma medida muito injusta.
Até poucos anos atrás, eu tinha uma autocrítica tão feroz que muitas vezes não conseguia sair do lugar.
Tudo tinha que sair perfeito: trabalho, relacionamento, amizades… Cada atitude minha era avaliada com um rigor tão grande, que, por exemplo, se eu cometia um erro, mínimo que fosse, me martirizava à ponto de adoecer. Mas, quando alguém errava comigo, tentava compreender, perdoar, relevar, esquecer.
E quando acertava em algo, era até elogiada pelos outros, tentava minimizar, encontrar erro ou falhar, dizer sempre que poderia ser melhor. Escrevi livros inteiros e joguei fora por não achar que eram bons o suficiente; terminei relacionamentos porque não eram “ideais”; tinha brigas homéricas no trabalho e com a família…
Já se viu fazendo isso? Com certeza, sim!
Quando comecei a me conhecer, percebi que muito disso vinha da sensação de não merecimento e culpa. E, a seguir, vou te contar passo à passo deste processo.
Raiz
Muitos de nós fomos educados por adultos, sejam eles familiares ou professores, que não mostravam seu lado vulnerável. Eles nos passam a sensação de que não falham, não choram, não sofrem. E esses eram nossos espelhos.
Quando tirávamos uma nota baixa na escola ou cometíamos algum erro, recebíamos deles repreensões e críticas severas. Ouvíamos frases como “você me decepcionou”, “você me deixa muito triste” …
Mas, quando fazíamos algo de bom, era apenas “nossa obrigação” e nunca estava bom o suficiente: o 8 podia ser 9, lavar os pratos podia ser faxina na casa, ajudar um amigo podia ser fazer a tarefa completa… Tudo isso vindo dos nossos “ídolos perfeitos” que estavam apenas replicando a forma como foram educados.
E foi com essas medidas que muitos de nós passamos a vida inteira nos julgando. A insuportável sensação de não merecer as coisas que conquistamos, de não ser suficiente, de que sempre poderia ter feito melhor, de se punir reiteradas vezes por qualquer erro. Uma angústia e tristeza constante.
Solução
A primeira coisa que você precisa saber é que todos nós estamos encarnados aqui para evoluir, melhorar e adicionar informações ao Todo, Deus, o Universo. Absolutamente ninguém que encarnou aqui é perfeito. Todos vieram para aprender e aperfeiçoar algo, caso contrário, estaríamos em outro “plano”.
Em seguida, compreenda que somos todos um, partes do mesmo Todo, criados pelo mesmo Deus. E, como parte dele que é puro Amor, já surgimos aqui merecedores de tudo o que é bom: felicidade, paz, sucesso, prosperidade, mais amor… Independentemente de quem você seja, a base é a mesma e o merecimento também.
E já que somos parte deste Todo, quando nos maltratamos com críticas, pensamentos negativos, sensação de não merecimento, raiva, rancor… estamos, automaticamente adicionando à nossa frequência mais e mais desses sentimentos que, enquanto não forem limpos, continuarão este ciclo.
Se você é rigoroso consigo mesmo, é rigoroso também com o Todo. A autocrítica deve alimentar o desenvolvimento interno e não destruir sua autoestima. Isso me parece bem injusto, concorda?
Não estou dizendo para você fazer o que quiser, sem pensar nas consequências. Mas estou pedindo para que você entenda que tudo acontece por uma razão e para um bem maior.
E, no momento em que você julga, deixa de ser um observador, e, consequentemente, perde a oportunidade de aprender com aquilo e cumprir o seu papel.
Tomar consciência de todas estas coisas me ajudou a ser genuinamente feliz.
Hoje, comecei a compreender minha missão por aqui, observo minhas atitudes com mais clareza, me trato com mais carinho e respeito, atraio para minha vida relações e oportunidades maravilhosas como consequência.
Há anos não sei o que é uma briga e não vejo, sinceramente, motivo para brigar com quem quer que seja. Compreendi que para ser verdadeiramente empático e poder perdoar honestamente as pessoas, precisava perdoar e respeitar a mim mesma. Ver o outro, também como um aprendiz. Incluindo nossos pais.
O mandamento é claro: “Ame ao próximo como a ti mesmo”. Então, eu só posso amar o outro se me amar muito também. E me amando atraio amor. Sendo feliz, atraio mais felicidade. Respeitando, atraio respeito. Perdoando, sou perdoado. E assim sucessivamente.
Pare de se julgar com a medida dos outros. Não seja injusto com você que merece todo amor, paz, prosperidade e tudo de mais maravilhoso que existe. Não sinta culpa por errar. Aprenda o que tiver de aprender, se perdoe e siga em frente.
Lembre-se que quanto mais coisas positivas, boas, você tiver dentro, mais disso vai atrair. E é isso que você merece!
Todo Comportamento Reflete uma Condição: Saber Distinguir Pode Oferecer Soluções para a Remodelação Pessoal A…
Exposição de Crianças Superdotadas nas redes sociais é excessivamente superior no Brasil do que em…
Halloween: Como o nosso cérebro interpreta o medo? Os sustos e o medo são processos…
Dia do Professor: Profissional que criou método inovador explica o que deve ser transformado na…
Baixa motivação diurna: como metas diárias podem ser a chave para regular o humor e…
A Complexa Relação entre Psicopatia e Inteligência: Reflexões a partir da Neurociência e da Ficção…