Para as crianças, esse momento deve ser um dos mais felizes do ano: época de ganhar presentes, férias, festas e o tempo em que, milagrosamente, muitas pessoas se tornam mais generosas, gentis e alegres.
Arrisco afirmar a partir de minha percepção. O Natal, depois dos quarenta anos, torna-se a época em que já descobrimos os valores da vida que realmente importam: o reencontro com a família, principalmente nossos pais, sem nenhum peso do passado, julgamentos ou mágoas, mas apenas com o momento presente, a vontade de estar ali e demonstrar a gratidão por tudo o que foi e aproveitar ao máximo o que ainda pode ser.
O Natal, depois de certa idade, vem com lembranças de todos os Natais passados, a partir de uma nova percepção, que chega com mais gratidão, nostalgia e vontade de vivenciá-lo.
Não nos preocupamos mais com presentes, festas, comes e bebes; os amigos já se tornaram poucos. E não no sentido de quantidade, mas já percebemos quem são os amigos de verdade e quais eram os de mentira. Encaramos naturalmente que poucos são os que ficam e que valem a pena.
Nesse momento da vida, já aprendemos a amar de maneira mais leve, sem cobranças e expectativas. Compreendemos que a vida é mais gostosa sem exigências, esforços ou forçação de barra.
Amamos nosso filhos, e tal como nossos pais e nós mesmos, no passado, aguentamos suas fases de revolta e “aborrescência” com a mesma paciência e perseverança que outrora recebemos.
Os sonhos já se tornaram outros e valorizamos menos o ter e mais o ser: ser mais feliz, mais leve, mais gentil e mais útil. Fazer o bem.
O Natal se torna reencontro, reencontro com nós mesmos e com quem amamos, reencontro com tudo o que há de bom: família, os poucos amigos e todas as lembranças boas da vida.
É uma única noite; pode ser cheia de presentes, guloseimas e risos, mas a comunhão deste dia é o que realmente fica.
É um dos poucos dias em nossa vida que ficam para sempre e que temos a felicidade e o privilégio de repetir por uma noite, todos os anos.
Feliz Natal a todos!
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