Final de semana fui ao salão com a minha amiga. Enquanto eu aguardava, pacientemente, a hidratação que a cabeleireira fez em mim, usando uma touca térmica. Decidi postar um vídeo nas redes sociais informando sobre o que eu havia feito e todos os detalhes.
De repente, ouvi uma cliente do salão gritar em tom de espanto: “Você vai postar uma foto com essa toUca?”
– Sim! – respondi.
E a minha amiga disse em seguida: “É porque ela se acha a mais bonita de todos!” E riu.
Fiz o meu vídeo com a touquinha, ignorei os comentários e postei. Conforme eu queria. Mas aquele pequeno e bobo ocorrido levou-me a algumas reflexões durante o dia.
Para começar, beleza é conceito, é conjunto, é ponto de vista. Nunca me achei a mais bonita de todas (como disse a minha amiga). Mas eu sei quem eu sou e onde repousa a minha beleza.
Não me sinto abatida, feia ou pior que alguém, por não ter mil curtidas em uma foto. Aquela foto espontânea, com as crianças no parque, com os meus pais num almoço de domingo… não posto por ego, nem para me sentir bem tendo seguidores. Posto porque são momentos felizes que quero compartilhar, que quero ser lembrada sobre eles daqui a um, dois ou três anos na minha linha do tempo.
Assim como um vídeo sem maquiagem e com uma touca, não vai fazer com que eu me sinta mal. Pelo contrário! Beleza para mim sempre foi mais que um rostinho legal e um corpinho definido.
Beleza, no meu conceito, sempre teve mais a ver com quem você é e o quanto se valoriza por saber disso. Mas a mesma ‘’beleza’’ no conceito de outra pessoa, vai ter a ver com outros pontos que ela vai julgar. É pessoal.
Todos nós temos características que nos tornam únicos, e tem coisa mais bonita que isso? Somos ÚNICOS. Nem as nossas digitais são iguais!
Depois, cheguei a outra conclusão: o que as pessoas pensam a seu respeito, tem a ver com elas e não com você. É a verdade delas e não a sua.
Essa era a visão da minha amiga. Mas ela não representa quem eu realmente sou. Por que ela pensa isso? Não sei… também não me preocupo. Foi-se a época em que eu sentia a necessidade de mostrar às pessoas quem eu era e os meus pontos de vista. Hoje eu vivo a minha vida e percebi que o tempo que gastava tentando provar algo a elas, era precioso e uso esse tempo de uma forma muito melhor atualmente.
Aprenda a filtrar o que você ouve a seu próprio respeito. Suas fotos no Instagram, postagens no facebook ou o que falam a seu respeito, não é quem você é! Sua caixa de mensagens no email, sua conta bancária, ou o seu carro, NÃO É QUEM VOCÊ É!
Existem duas pessoas em você, quem você realmente é e o que dizem que você é. E o verdadeiro “EU” dessas duas pessoas, só você conhece. Não se deixe contaminar por críticas e julgamentos.
Quando buscamos autoconhecimento, aprendemos a desenvolver uma rara habilidade de ‘’nos perceber’’ e identificar alguns questionamentos que nos levam a compreender quem nós somos.
Às vezes, é bom ficarmos sozinhos com os nossos pensamentos, transitar pelo nosso submundo emocional,que mal nos damos conta que existe. Assim, seremos capazes de encontrar a nossa AUTENTICIDADE e sentiremos plena harmonia entre os nossos pensamentos, palavras, gestos e ações. Isso torna muito mais simples alguns esclarecimentos, como: Quem sou eu? Onde eu quero estar ou não? Com quem eu quero estar ou não?
Respostas para essas simples perguntas nos dão segurança, ajudam-nos a traçar a rota rumo ao nosso propósito e nos dão clareza quanto a nossa identidade.
Então, se você quer sair com o seu cabelo molhado. Saia! Quer postar aquela foto feliz com a sua mãe, poste! Quer andar por aí de chinelos e sem maquiagem, ande! Seja feliz! Preocupe-se menos com o que pensam sobre você e mais com quem você realmente é.