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O que tomo para ser mais feliz? Tomo distância!

Ninguém consegue viver isolado, tal qual uma ilha, simplesmente porque precisamos dos encontros dessa vida, para nos tornarmos melhores e mais felizes. Infelizmente, também iremos encontrar muita gente que nada acrescenta, pelo contrário, somente suga, mente, diminui e aborrece. Não tem como evitarmos as decepções, embora possamos nos afastar delas – e isso faz toda a diferença.

Existem situações que não poderemos evitar, pois alguns acontecimentos – muitos, aliás – serão imprevisíveis e teremos que enfrentá-los para podermos prosseguir vivos.

Não há como evitar a morte, acidentes, problemas de saúde, entre outros, assim como teremos, muitas vezes, que conviver, num mesmo ambiente, com pessoas que nos desagradam. Mas sempre nos sobrarão muitas horas para vivermos ao lado de quem merece.

Não conseguiremos gostar de todo mundo, tampouco ser amados por todos, ou seja, selecionarmos o que e quem ficarão junto a nós será prudente, para que o tempo que temos para nós não seja perdido com o que não vale a pena ou com quem traz escuridão aonde vier. Nossa qualidade de vida em muito dependerá do tipo de companhia que trouxermos para nossa vida, pois não dá para ter saúde e sanidade perto de gente maldosa.

Em alguns casos, valerá a pena tentarmos ajudar algumas pessoas, aconselhando-as, entendendo que muitos passam por momentos difíceis e, por se encontrarem desgostosos e desesperançosos, não têm condições de agir com equilíbrio e ponderação. Às vezes, precisam de um simples acolhimento, para que possam sair de suas escuridões e mudar o comportamento. Entretanto, algumas pessoas se negarão a receber ajuda, por mais que se tente; recusam-se a mudar. O melhor, então, será o afastamento cordial.

Podemos nos encher de remédios, de terapias, ler livros e mais livros de autoajuda, ouvir palestras, porém, ainda que nos dispusermos a manter a serenidade diariamente, caso não nos resguardemos de pessoas tóxicas, não conseguiremos ser felizes como desejamos. O que está lá fora influencia, sim, o nosso íntimo.

Tomemos mais água e mais distância de quem em nada ajuda, tampouco se ajuda. É assim que as cores nascem dentro de nós.

Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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