Escolhemos, inclusive, não escolher. Com as pessoas também é assim; elas escolhem o que retribuir e, consequentemente, o que ignorar. O que manter. O que deixar. Em algum momento, percebemos que embora a correria diária exija de nós certas habilidades, inclusive a de desempenhar várias tarefas em curtos períodos, ainda é possível chegar em casa a tempo e cumprir o ritual que serve como um alento para nossa alma.
Tomar um banho relaxante, apreciar um jantar saboroso, assistir a um filme, dar uma olhada nas últimas notícias e responder as mensagens que ficaram pendentes. É assim que costuma ser.
Por mais que o tempo seja escasso e nos roube o humor em certas ocasiões, nada nos impede de dar atenção às pessoas que nos cercam e têm relevância em nossa vida. Fazemos isso o tempo todo, seja numa ligação longa, quando há uma brecha disponível ou só para dizer um olá, no intervalo da realização de um trabalho cotidiano. Quem está do outro lado, agradece o gesto de consideração e afeto, sabe que o cuidado importa. Aquele que costuma dar mil desculpas para não responder uma mensagem e nem se preocupa em explicar nada, não quer ser incomodado.
Portanto, a ausência nesse caso, não é falta de tempo, é desinteresse. Essa pessoa, simplesmente, não quer falar com você. Prioridades são escolhas, o tempo inteiro somos levados a fazê-las. Todos os dias escolhemos rotas, atalhos, isso e aquilo etc.
Escolhemos, inclusive, não escolher. Com as pessoas também é assim; elas escolhem o que retribuir e, consequentemente, o que ignorar. O que manter. O que deixar.
Se alguém silencia diante das suas aproximações, não insista. É preciso compreender e respeitar o espaço alheio.
Mesmo que você o considere amigo de longa data, talvez as coisas tenham mudado na visão dele e isso não deve ser encarado como um desastre. Entenda os sinais! Quem faz questão da sua presença vai sempre dar um jeito de esticar o tempo, de prolongar a visita. Afinal, o tempo é igual para todos, as prioridades é que mudam.