Evoluímos em tecnologia, e também em meios de comunicação. Nunca conseguimos nos comunicar tanto como agora, conseguimos trazer para perto tantas pessoas distantes e ao mesmo tempo, no entanto, parece também que perdemos em qualidade de afeto.

Hoje, muitos problemas derivam da dificuldade no relacionamento interpessoal, na dificuldade de interpretação do que o outro diz, na dificuldade de se falar tal coisa, na forma grosseira como é falada uma verdade, na indisposição de se comunicar um sentimento, na maneira inapropriada como muitas vezes alguém verbaliza insatisfações, dúvidas ou na dificuldade de verbalizar por receio do que o outro vai pensar…

Os meios de comunicação com seus inúmeros recursos, nos aproximam e ao mesmo tempo nos distanciam tanto..

A humanidade evoluiu com certeza, mas ainda a passos lentos caminha o diálogo produtivo, construtivo, esta forma tão ampla de se resolver conflitos, de se comunicar emoções, de conseguirmos chegar a pontos mais abrangentes e incríveis de nós mesmos e do outro, com a verdadeira arte da palavra.

Um instrumento tão rico que ainda não tem sua função totalmente desenvolvida como um instrumento de crescimento e sim como algo que muitas vezes causa tumultos e discórdias ou escamoteações.

Usado mais em proveito próprio ele fica a serviço do ganho de vantagens e tem sua função sublime perdida.

Um dia estaremos aptos, dispostos a sentarmos um de frente para o outro, olharmos um no olho do outro e sem mais tantos receios colocarmos para aquele que está ali tudo aquilo que realmente precisamos.

Desnudos de nós mesmos, interessados em construirmos conversas que resolvam, acrescentem, edifiquem, dissolvam conflitos.

Como uma arte, como um instrumento que nos possibilite sermos mais do que somos. Crescemos através da construção das milhões de possibilidades que as relações nos oferecem.

Conseguimos sair da caixa, de nossas prisões, culturais, sociais, nos expandindo.

Percebendo que o maior e melhor presente que podemos oferecer a alguém, é a nossa pessoa, com todas as particularidades, idiossincrasias.

Temos o nosso infinito particular, a maior preciosidade que alguém pode nos oferecer é o seu universo particular.

Que possamos entender, enxergar tal profundidade em nossas relações.

Deixarmos de reproduzir ciclos culturais, atmosferas desastrosas que estamos inseridos, construindo com palavras a nossa liberdade maior.

A manifestação do “Ser” em sua expressão total, liberta.

Durante séculos vivemos como analfabetos do “Ser”, mas é possível nos instrumentalizarmos para possibilidade de estarmos em nossa natureza, respeitando a natureza de cada pessoa, parece difícil, mas só assim conseguiremos avançar como humanidade.








Sou Psicóloga e Reikiana nível 2, trabalho há 19 anos em consultório com psicoterapia, hipnose clínica. Já trabalhei em hospital, núcleo de violência da mulher. Acredito na vida, no amor, nos bons sentimentos, no perdão, na beleza da alma, na superação, no ressignificar, na humanidade. Adoro escrever e falar sobre sentimentos, superações, motivar pessoas, conseguir promover o melhor, despertar o que possa ser maravilhoso em cada um de nós e libertar pessoas de suas prisões emocionais, com uma nova e especial forma de viver, independente dos acontecimentos da vida.