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“Pandemia faz a procura por profissionais de saúde mental aumentar consideravelmente!”

“Pandemia faz a procura por profissionais de saúde mental aumentar consideravelmente!”

Ansiedade, desmotivação, medo, depressão, claustrofobia, TDAH, TOC, são inúmeras as enfermidades mentais que podem resultar neste período de pandemia. Os profissionais de saúde nunca foram tão procurados e neste momento, este tipo de preocupação pode ser tão grande quanto à infecção por coronavírus.

É necessário um hormônio neurotransmissor descontrolado para acarretar em diversos outros tipos de doenças ou transtornos seja de quem não tinha enfermidades, seja de quem tinha propensão a ter, ou de quem já tinha e acentuou-se.

O confinamento, o receio econômico, o medo de ser infectado, a preocupação com os mais próximos, tudo isso ativa o alerta de perigo.

Veja como nosso organismo responde ao perigo para entender como uma faísca, a ansiedade, pode levar a tantos outros problemas:

A ansiedade é uma pendência, é a incerteza do futuro, é o mecanismo de defesa natural para que possamos ter a pulsão necessária, no caso mediante a ansiedade, para agir em busca de uma saída do perigo.

O receio, que é o medo em diferente potência, faz com que o organismo libere o hormônio cortisol, necessário para nos ajudar a sair de uma ameaça, assim nosso cérebro entende o momento, como uma ameaça, derivado do medo, aumenta-se então a produção de cortisol que aumenta a glicose sanguínea e, esta por sua vez, é o combustível, a energia, necessária para a ação.

Isso até então parece ser bom, mas quando esse mecanismo é acionado repetidamente, torna-se prejudicial ao nosso sistema imunológico aumentando a morte celular, os neurônios. Ou seja, a cada vez que nos estressamos ou entramos em estado de pânico, ou quando temos um estresse contínuo, estamos matando os nossos neurônios.

Estamos adaptados a lidar com o estresse, mas não com a frequência do estresse que ocasiona um efeito cascata e desencadeia diversos outros problemas com o desgaste do organismo.

O tipo de resposta de cada indivíduo depende, não somente da magnitude e freqüência do evento que leva à ansiedade que promove o estresse como mecanismo de ação, como também da conjunção de fatores ambientais e genéticos.

Assim como a capacidade individual de interpretar, avaliar e elaborar estratégias de enfrentamento são parte da personalidade do indivíduo que é moldada à partir da priori genética de personalidade somando a fatores externos.

Relação da ansiedade com as doenças

A ansiedade que promove o estresse pode levar a depressão, pois esta, está relacionada ao descontrole nos neurotransmissores devido a traumas e acontecimentos estressores.

As chances da ansiedade se tornar uma depressão quando ela é contínua ou acentuada, está relacionado aos fatores genéticos e possibilidades de acordo com o tipo de vida do indivíduo.

O comportamento é o melhor mecanismo para não deixar chegar a esta doença.

Em tempos de pandemia, todos esses fatores podem prejudicar quem já possui o diagnóstico e também pode levar a depressão, quem tem propensão a ela.

Transtornos como claustrofobia podem ser acentuados com a condição de permanecer em ambientes fechados, sendo necessário que esses indivíduos possam buscar o meio externo mais vezes, assim como, tratamentos que incluem um melhor controle mental, respiração entre outros métodos que controlem a ansiedade.

Para pacientes com TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) e TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) onde a ansiedade não deixa de ser um inimigo, quando acentuada, pode potencializar os sintomas e prejudicar a vida dessas pessoa,s sendo necessário a busca de uma terapia.

Muitas doenças, transtornos e síndromes são relacionadas à ansiedade, sejam doenças em que ela é o fator principal, ou doenças em que ela pode potencializar a ansiedade trazendo maiores consequências e levando a outras enfermidades.

Devido a isso, o número de procura pelos profissionais de saúde mental como psicanalistas, psicólogos, psiquiatras e neuros, aumentou muito neste momento de pandemia.

Vivemos um momento em que a atenção para o comportamento torna-se redobrado, e a necessidade de uma autoanálise é crucial para evitar danos maiores em nossas vidas, e das pessoas que amamos. Assim como de toda humanidade pois, se grande parte das pessoas não estão bem, elas não serão produtivas e não farão o que é bom e necessário para a sociedade que fazemos parte. Num comboio social em que, um precisa do outro de alguma maneira, precisamos cuidar uns dos outros.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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