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Parei de me enganar. Estou bem do jeito que estou. Não exijam muito de mim.

Parei de me enganar. Estou bem do jeito que estou. Não exijam muito de mim. Ultimamente me sinto estranha. Busco proteção, busco o espaço que me cabe, busco não desistir.

O coração parece desajeitado, sinto saudades, sinto desejo de me jogar naquilo que desarruma meus instintos.

Nada parece definido, nada parece me intimidar tanto.

Não piso em ovos, me aceito e lembro as coisas que passei.

Adiante passei muita coisa, desacelerei o barulho do pensamento, parei de conspirar contra minha pessoa.

Acho que estou entre os erros e acertos buscando minha identidade essencial.

Ontem eu falei verdades, ignorei a indiferença, parei de dar ouvidos.

Tenho meus tratados, tenho essa liberdade de me comportar como quero. Mas tenho preferido a honestidade a viver sempre dentro desse mal-estar emocional.

Já bateram de frente, atropelaram meus sentimentos mais sinceros. Pouco, ou quase nada, espero.

Já vivi no prejuízo. Hoje o saldo é mais positivo, porque aprendi a investir em minha saúde mental.

O que me afeta é o que permito. Cada um que lute.

Eu só quero viver e estar com a consciência tranquila. Sem tanta disponibilidade vou atravessando os dias.

Parei de me enganar, de me iludir. Estou bem do jeito que estou. Não exijam muito de mim.

Eu já sofri a dor da rejeição, já passei pelo sobe e desce da vida de ombros cansados e mãos atadas. Mas eu me desatei e aprendi a me reconstruir.

Doeu inúmeras vezes, chorei além da conta, achei que nunca fosse superar essa prisão interior, esse caos tempestivo de dias ruins.

Mas eu também me libertei, aprendi a seguir com dignidade mesmo sendo deixada para trás. Enfim, de alma mais amadurecida e voltas por cima, cresci.

Isso me fez mais forte, me mostrou que estou aqui pela simples razão de que sou um ser vivente.
Hoje muita coisa faz sentido. Mas o importante foi a lição que aprendi em cada ciclo.

Estou viva, estou em pé apesar dos tombos.

Deus nunca me deixou, nunca me torturou psicologicamente, nunca ergueu sua mão para me machucar.

Por isso, eu respiro e insisto na fé que protege. Que ELE me eleve.

Tudo passa. E mais uma vez há de passar.

*DA REDAÇÃO RH.

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Sil Guidorizzi

Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.

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