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Pessoas boas costumam sofrer muitas decepções na vida, mas estão sempre felizes

A realidade do mundo no qual vivemos é que a bondade é a porta de entrada para incontáveis decepções. Porque no mundo atual a esperteza e a falta de escrúpulos é a ferramenta usada para atingir o sucesso, e muitos fazem uso dessa esperteza com má fé, usando-a contra aqueles que mais confiam neles, contra aqueles que ingenuamente julgam o coração de todo o mundo de acordo com o próprio. Por isso que pessoas boas costumam sofrer muitas decepções na vida, porém, estão sempre felizes…

E, por pessoa boa, refiro-me a uma pessoa com olhos limpos e generosos, com mãos que se estendem, com ouvidos atentos e coração leve. Trata-se daquele tipo de pessoa que não se nega a ajudar, que compartilha conhecimento, que divide as riquezas da alma, sem medo do apego emocional.

DESAPEGAM-SE DE SI MESMAS, PORQUE SOMENTE SE SENTEM HUMANAS QUANDO SÃO PARTE DE UM TODO.

São aqueles amigos que nunca demonstram desinteresse por nós, os colegas de trabalho que não são capazes de guardar só para si algum tipo de conhecimento, os familiares que se lembram de nós mesmo do outro lado do mundo. Pessoas boas, gratas, sensíveis, com empatia suficiente para saírem dos seus mundos e abraçarem o mundo de qualquer pessoa que precise de algo.

Infelizmente, quem possui uma essência assim tão bondosa inevitavelmente será vítima do mau uso e do abuso das suas qualidade por parte daqueles que só pensam em se aproveitar, em maldizer, em puxar tapetes.

Isso faz com que as pessoas boas tenham que passar por muitas situações difíceis em que terão que confrontar o bem que possuem com o mal que rodeia a sua vida. Triste, mas inevitável, a doçura da amabilidade encontra muitas vezes a contrariedade ferrenha do ódio amargo dos infelizes.

“(…) AS PESSOAS BOAS CONTINUARÃO A SORRIR, A CAMINHAR TRANQUILAMENTE (…)”

Pessoas bondosas costumam acreditar no melhor de cada um, pintando a vida com as cores leves da humildade e do acolhimento, desejando a felicidade alheia, pois querem que todos sejam tão felizes quanto elas próprias se sentem. E, ao longo do percurso, irão se deparar com o pior do ser humano, com a mentira, com a inveja, com a mesquinhez, com o mau-humor e a maldade daqueles que jamais serão capazes de sorrir com gratidão.

Mas mesmo assim, as pessoas boas continuarão a sorrir, a caminhar tranquilamente, a acordar com o propósito de ser e de fazer gente feliz, porque é assim que sua alma se torna cada vez mais rica e agraciada com as bênçãos que só quem é alegre de verdade está pronto para receber. Todos os dias.

Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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