Por que as pessoas dão conselhos que ninguém pediu?
Quantas pessoas realmente seguem conselhos não solicitados?
O conselho não solicitado é um daqueles fatos da vida que a maioria de nós não gosta, mas é forçada a aceitar.
Para começar, que tipo de pessoa tende a dar conselhos não solicitados?
As personalidades conhecidas coloquialmente como personalidades “alfa” são as pessoas que dão conselhos mais frequentemente. Este artigo destacará vários fatores ou características que ajudam a explicar por que esses homens e mulheres frequentemente aconselham outras pessoas sobre como viver.
Os conselheiros não solicitados tendem a ser rígidos na maneira como encaram a vida em geral.
Em termos de estilo de pensamento, os conselheiros não solicitados tendem a ser cognitivamente rígidos.
Eles geralmente acreditam que estão certos e, quando abordam um problema, geralmente têm dificuldade em enxergar a situação de várias perspectivas.
Eles podem ser absolutistas em seus pensamentos, percebendo as coisas de uma maneira tudo ou nada, em preto ou branco.
Eles tendem a ter um grandioso senso de si ou percepção de sua própria competência.
Em termos de estilo de personalidade, os conselheiros não solicitados tendem a ser grandiosos, acreditando que são mais inteligentes, especiais ou sensíveis do que outros.
Os conselheiros não solicitados não dariam conselhos se não acreditassem que seus comentários sobre como abordar uma determinada situação sejam ótimos ou superiores.
Esses homens e mulheres tendem a operar na vida cotidiana com a mentalidade de que o mundo funcionaria muito mais suavemente se eles pudessem tomar todas as decisões.
O que falta nessa perspectiva é humildade e insight.
Por mais inteligentes e competentes que sejam, esperamos que eles tenham aprendido uma verdade muito básica há muito tempo: devemos cometer certos erros para aprender com eles e mudar nosso comportamento mais tarde.
Eles são governados por compulsão mais do que autoconsciência.
Se você conhece algum conselheiro não solicitado, sabe que muitas vezes parece que eles não conseguem parar de dar conselhos.
Na raiz, eles são obrigados a dar.
O interessante é que, por mais seguros e fortes que pareçam na superfície, eles simultaneamente não têm um certo nível de consciência.
Não apenas eles não estão cientes dos pensamentos e sentimentos dos outros, mas também não têm consciência de si mesmos.
Esses indivíduos não vêem como suas ações geralmente são injustificadas ou mesmo desnecessárias, e nunca param para refletir sobre suas próprias motivações para dar conselhos não solicitados em primeiro lugar.
Eles buscam um senso de controle e ordem.
As pessoas que dão conselhos não solicitados não o fazem porque necessariamente se importam com o público receptor, mas porque dar conselhos lhes dá uma sensação de controle e ordem.
O orientador tem uma orientação para a solução de problemas que pode ser benéfica quando aplicada à própria vida, mas frequentemente intrusiva quando aplicada à vida de outras pessoas.
Quando alguém compartilha uma situação perturbadora ou difícil, o conselheiro não solicitado (consciente ou inconscientemente) se sente ansioso e é obrigado a escrever uma receita de “deveres” para fazer com que o conselheiro pareça que as coisas são ordenadas, gerenciáveis e previsíveis.
A razão pela qual a maioria das pessoas não seguem conselhos não solicitados tem a ver com independência e desafio.
Como adultos, não somos alunos do primeiro ano que são chamados quando chamados.
Os adultos passaram anos suficientes ouvindo os professores pregar na frente da sala de aula ou sendo submetidos a pais que controlam grande parte da vida de uma criança.
Em outras palavras, a maioria dos homens e mulheres chega a um ponto em que se cansa de ouvir os outros dizerem o que fazer, e eles preferem cometer um erro e sofrer a conseqüência do que obedecer como uma criança obediente em resposta ao conselho, mesmo que o conselho levaria a um resultado melhor.
O que vem à mente é a famosa citação do filósofo suíço Rousseau de The Social Contract: “O homem nasce livre e em toda parte ele está acorrentado”.
São precisamente essas correntes que fazem homens e mulheres rejeitarem conselhos não solicitados. Tudo o que a maioria dos homens e mulheres deseja como adultos é uma sensação de independência e liberdade.
*Tradução e adaptação REDAÇÃO RH
*Fonte: PT
Imagem: Pinterest