Há 15 anos eu era um workaholic, ou seja, um administrador estressado, que em consequência disso tive a síndrome de burnout. Essa experiência me transformou em um simpatizante da psicologia budista, que me ajudou a lidar com as minhas emoções e me levou a concluir a minha formação em psicanálise humanista.
A palavra inglesa “emotion” deriva da raiz latina “emovere”, uma força que coloca a mente em movimentação tanto para atividades danosas, neutras ou positivas. Nessa perspectiva a psicologia budista nos ajuda a lidar com os níveis das emoções na sua dimensão mental e corporal.
O budismo é uma das religiões mais antigas, atualmente, praticada por 200 milhões de pessoas em todo mundo. Ela chegou ao Ocidente na forma de psicologia, pois a maior parte das religiões asiáticas tem em seu cerne uma visão psicológica, que apresenta métodos práticos para ajudar os monges e leigos a buscar a governar a mente para atingir um estado ideal.
Essas práticas ocorrem desde os tempos de Siddhartha Gautama, que tem sido fundamental aos seus discípulos e simpatizantes, onde a psicologia budista distingue as emoções entre as construtivas e as destrutivas. As emoções destrutivas é algo que impede a mente de comprovar a realidade como ela é, desencadeando pensamentos que nos condicionam a pensar, falar e agir de maneira intolerante.
Quando vivenciamos uma emoção negativa é no sentido de menos felicidade, menos bem-estar e menos lucidez, tendo como as principais emoções: ódio, desejo, confusão, orgulho e inveja. O monge budista Thich Nhat Hanh nos ensina que quando produzimos esses pensamentos, eles têm um efeito imediato em nossa saúde e na saúde do mundo.
O nosso desejo de ter sempre mais, tanto no plano material e no emocional, é a principal fonte de todas as nossas preocupações e desesperanças. A psicologia budista se baseia em aprender a viver com pouco e aceitar tudo aquilo que a vida nos dá no momento, entender esse processo nos proporcionará uma vida equilibrada, reduzindo as tensões internas.
Para a psicologia budista, a ignorância nos bloqueia em alcançar a felicidade e evitar o sofrimento. E a ignorância não é considerada uma emoção na cultura Ocidental, mas é um fator mental que impede a lúcida compreensão da realidade. O orgulho é outro aspecto que nos faz sentir-se superior aos outros e no conduz a fazer avaliações errôneas das próprias qualidades e não reconhecer as qualidades de outrem.
A psicologia budista também nos ensina a não machucar os outros, oferecendo a máxima parecida com a expressão: “Não faça com os demais os que não gostariam que fizessem com você”. O que consiste em um profundo conhecimento de nós mesmos e numa grande empatia como seres humanos e seres sencientes.
Assim a psicologia budista nos apresenta o caminho das emoções construtivas, como o desapego, amor, altruísmo, amizade, entre outras, uma vez que a nossa mente e corpo adquirem novas experiências a cada instante, porque estamos em fluxo de transformação constante. É como disse Buda: Ninguém nos salva a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém consegue. Nós mesmos devemos percorrer o caminho. ”
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