Imagine se você estivesse na presença de Deus, e pudesse Lhe fazer uma única pergunta, qual seria?
Uma pesquisa realizada nos Estados unidos no final do sec.XX fez justamente essa pergunta a milhares de pessoas obtendo um dado interessante, 46% dos entrevistados perguntariam: “Qual o sentido da vida?”. Achei isso intrigante, pois mostra como ainda existem pessoas que não sabem por que vivem ou qual a finalidade da vida, talvez por não encontrar um significado para a sua própria vida.
Em nossa sociedade atual, as pessoas são incentivadas a buscar vários propósitos, acreditando que neles encontrarão algum sentido na vida. Tais como: Ser feliz, conquistar o sucesso profissional, encontrar o amor verdadeiro, constituir uma família, prosperidade financeira, ter tempo para diversão, fazer o bem ao próximo, citando apenas alguns exemplos.
Mas muitas vezes, mesmo quando atingem todos estes propósitos as pessoas ainda sentem um vazio interior quase impossível de preencher.
Bem vindo á sociedade da incerteza, aonde às vezes ganhar significa perder e perder significa ganhar, enfim nada faz sentido
Um levantamento histórico desvendou o sentido da vida segundo frases dos maiores pensadores, filósofos e cientistas da história da humanidade.
O Journal of Humanistic Psychology, publicação britânica, a mais de uma década publicou um estudo da Arizona University onde psicólogos liderados pelo pesquisador Richard Kinnier, analisou os pensamentos de centenas de pensadores, de Einstein a Napoleão Bonaparte. A conclusão do relatório foi que o sentido da vida segundo estes pensadores “é preciso desfrutar a vida enquanto for possível”.
Na filosofia antiga o sentido consiste na eudaimonia, segundo a sua origem grega significa a vivencia da felicidade fazendo assim que os filósofos da época acreditassem que a felicidade é o objetivo da vida humana, considerada a característica mais elevada e mais desejada a ser conquistada pelo ser humano.
Por outro lado, Aristóteles não julgava a felicidade como uma condição estática, mas sim uma constante ativa da alma. A felicidade humana perfeita só poderia ser encontrada na contemplação da vida, ou seja, desfrutar a vida enquanto for possível como levantou o estudo apresentado na revista britânica acima.
Mas em minha opinião somente desfrutar a vida, apesar de profundo quando levado a serio, alem de egoísta não me satisfaz como resposta ao sentido da vida, acredito que a resposta seja ainda mais ampla do que apenas desfrutá-la.
Primeiro porque cada pessoa é única e isso faz o sentido da vida divergir entre todas as pessoas.
Segundo, você não está dentro de ninguém para saber o que a pessoa sente. Quais são as suas motivações, medos, crenças e desejos.
Em minha opinião o sentido da vida está em aprender, conforme o Dicionário Aurélio, aprender é “tomar conhecimento de algo, retê-lo na memória, graças ao estudo, observação e experiência”
Toda a vez que aprendemos algo novo alguma coisa dentro de nós se liberta e evolui, recebemos um raio de energia e disposição, ficamos mais motivados e nossas certezas se renovam.
Nascemos, e o primeiro aprendizado é respirar. Aprendemos então a se alimentar, a engatinhar, a andar, a falar, ou vice-versa, depois, anos mais tarde, a pensar e assim escolher o nosso próprio caminho.
Estamos sempre aprendendo, mesmo quando não queremos.
Aprendemos devido a nossa interação constante com o mundo ao nosso redor , quando algo nos surpreende, nos emociona, nos faz acreditar em um sonho, desperta uma ambição que possibilita a nossa conquista e crescimento.
O aprendizado é uma fonte de energia renovável e inesgotável que alimenta nossa jornada rumo ao nosso destino. O dia que paramos de aprender começamos a morrer, nossas opiniões se tornam certezas inflexíveis engessadas, e aquela voz de criança curiosa que está dentro de cada um de nós se cala. A partir desse momento a vida perde o brilho.
Por isso o sentido da vida é aprender. O que você está aprendendo com os problemas que está enfrentando hoje?