Quando há interesse de ganho no ato da ajuda, não há intenção genuína!
Nos faz bem acreditar na pureza das coisas. Por isso amamos as crianças. Quanto menores, mais puras, menos maldade. Mas como podemos almejar a pureza na vida adulta? Com tantos interesses?
Quando focamos no que vamos ganhar com a ajuda que oferecemos, estamos continuamente nos perdendo da pureza que podemos ver nas crianças.
Se há interesse de ganho no ato da ajuda, por menor que seja, existe egoísmo e já não há mais a intenção genuína de ajudar sem o desejo da troca.
Acreditar na pureza já denota uma vontade de querer mantê-la. O problema é que fantasiamos aquilo que pensamos ser bom e belo, e nos perdemos na ânsia da nossa existência, que nos inclina a lutar para sobreviver.
O egoísmo intrínseco
A essência que nos motiva a ação já é de cunho egoísta, já que sobreviver, é manter a sua vida a qualquer custo. Ainda que em detrimento da do outro.
Pois na vida a semântica está como o equilíbrio.
E se a prioridade é a própria sobrevivência, então, em verdade, somos egoístas. Mas na dúvida sobre a história do pavão de Darwin, se a sua beza serve apenas para chamar a atenção de um parceiro e reproduzir, novamente é pensar apenas em si.
Pois as vontades são nossas, a vida que conheci é minha, logo, não sinto o que o outro sente, então só posso pensar no que reconheço, naquilo que diz respeito à mim, meus interesses e minhas conquistas.
Como mencionado, na semântica o que carrega sentido e significado para mim. Mas também como condição de vida, o equilíbrio, é o fiel da balança, ele que controla, ele que pré determina minhas escolhas, com foco nos melhores resultados para minha vida.
O tamanho da minha existência, está no alcance da minha reputação e sucesso. O egoísmo que fere ultrapassa a homeostase e causa um desequilíbrio social e pessoal.
Portanto, só nos resta seguir, medindo e reconhecendo o limite, para não ferir nem sair demasiadamente ferido das batalhas diárias, para encontrar o real valor do tesouro perdido junto com a infância: a pureza, a ingenuidade e a inocência.
Devemos manter a memória destas características, para resguardar a si e os outros dos excesso de realidade com o empenho selvagem e desumano de alcançar objetivos a todo custo e com o risco da perda do que nos mantém a qualidade de Ser Humano.
Solidariedade e compaixão mesmo diante da competição inerente ao ser humano é o que faz a humanidade evoluir. Porém, quando focamos no que vamos ganhar com a ajuda que oferecemos, estamos continuamente nos perdendo da pureza que podemos ver nas crianças.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: deabreu.fabiano@gmail.com
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