“Naquele beijo, eu não fazia ideia de como seria nosso futuro juntos… Mas uma certeza eu tinha: eu seria feliz. Muito feliz.”
Quando te conheci, amei-o por suas qualidades_ e confesso que fui um tanto racional escolhendo você.
Mas qualidade nunca foi sinônimo de facilidade. E esperar que o amor traga só recompensas é transformar aquilo que nasceu para ser nobre em algo banal. Acreditar que será sempre bom é leviano. A importância cresce quando ele resiste às surpresas da esquina, aos tropeços do caminho, ao desconforto rotineiro.
Só o tempo mostra que amor não cresce com o que é fácil.
Geralmente é assim: fica um amor _em minúsculo_ sem conteúdo, quando ainda não viveu o suficiente para experimentar toda sorte e contradição que lhe é possível. Pode acreditar: se você tiver paciência de esperar, tudo isso chegará, porque a vida é assim. E se quiser experimentar só a primeira parte, não descobrirá o Amor, assim, em maiúsculo.
Amamos por algo que não se explica nem traduz, apenas sente_ e isso já é uma definição em si do amor.
Ou, como disse Drummond: “Há vários motivos para não amar uma pessoa, e só um para amá-la; este prevalece”
As dificuldades unem mais que a bonança. E o amor vira Amor quando aprendemos a remar para o mesmo lado, unindo forças, mantendo juntos a vigília, amparados pelas mesmas _e escassas_ respostas.
Ontem vi em seus olhos úmidos nossa vida refletida, nossos planos concretizados, tudo o que passamos_ de bom e ruim_ nos últimos anos.
Percebi que as falhas, muito mais que as qualidades, foram fundamentais para nosso aprimoramento. Tenho sido mais feliz desde então.
Por compreender e explicar a mim mesma que te escolhi pelo coração também, que quando soube que seria feliz, não foi apenas pela segurança que você prometeu me dar e sim pela certeza de que se importaria conosco muito além do meu medo de seguir em frente.
Que teria paciência de esperar meu amor virar Amor, assim, em maiúsculo.