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Quando o casal se decepciona

A decepção pode ser um ponto de inflexão no casal, já que pode nos ajudar a definir se vale a pena lutar ou se o relacionamento acabou.

Levamos muitos anos juntos e vários de nossos dias se tornaram rotineiros. Porém, hoje algo diferente aconteceu.

Virei, olhei para você e me surgiram dúvidas sobre se é você a pessoa mais indicada para mim. Creio que a decepção ganhou espaço em nossa relação.

É normal que sinta um “desapontamento” quando esteve por um tempo considerável com alguém que, até dias atrás, considerava a sua “metade da laranja”. Não se preocupe!

A idealização foi deixada de lado para dar espaço à realidade.

Durante os primeiros dias, inclusive anos, seu parceiro era perfeito. Quase não tinha defeitos e tudo é tão maravilhoso… Porém, isso mudou.

Antes de tomar uma decisão precipitada, reflita. É sua percepção que foi modificada, não o curso das coisas. Seu relacionamento é o mesmo que há alguns meses ou anos atrás.

Simplesmente, sua forma de enxergá-lo que se tornou diferente.

A decepção me abriu os olhos

O motivo de sua decepção é que seu parceiro deixou de ser o motivo único de sua felicidade. Mas você pensa que isso é negativo, que já não lhe oferece nada. E está enganado. Simplesmente, amadureceu.

Muitas de nossas crenças com respeito ao amor ou a se apaixonar, são enganosas. Por exemplo, deixamos nossa felicidade nas mãos do outro, em um ato de plena submissão.

Acreditamos que isso prova nosso carinho. Não nos damos conta de que estamos diante de um erro.

Em toda união, os dois membros se complementam, mas não se subordinam um ao outro. Ambos são livres, felizes por si mesmos. No momento em que isso deixa de ser assim, falamos de dependência.

Talvez este tipo de relacionamento seja o que consideramos “correto”, sem estarmos conscientes de que são mais prejudiciais.

Cedo ou tarde surge a decepção, mas não porque essa pessoa já não é a certa, mas porque abriu-se um caminho para o amor maduro.

O amor maduro

O amor maduro surge quando já foram deixadas para trás todas aquelas “borboletas no estômago”, essa necessidade constante de saber tudo sobre o outro.

Agora, a rotina está presente em nossas vidas, vocês se conhecem o suficiente…. Se você se encontrar neste momento em que o desencanto se fez presente, é importante que abra os olhos para se dar conta de duas coisas:

A primeira é se essa pessoa é, realmente, a adequada. As borboletas no estômago podem ter feito você se “agarrar” a alguém que não nos complementa.

Que gostos e interesses vocês compartilham? Têm a mesma visão de mundo?

A segunda é se está pensando com uma mentalidade consumista. Agora que você já não gosta tanto, ou que não se sente como no início da relação, pensa em deixar seu parceiro e ter uma oportunidade com outra pessoa.

Cuidado com esta opção. Não existe a pessoa adequada, a pessoa se transforma na mais apropriada, ao longo do tempo.

Crescer juntos, caminhar de mãos dadas

Pode haver muitos indivíduos com os quais é possível começar uma relação saudável. Mas, quantos deles se transformarão em seu complemento? Em um companheiro de vida?

Vocês são diferentes, porém, decidiram compartilhar sua existência. Para crescerem juntos, a responsabilidade de ambos agora é pensar em um bem comum, sem deixar de lado a sua individualidade.

Inclusive quando a decepção se tornar presente.

Você já disse ao seu parceiro como o percebe agora? Ou optou por se calar e pôr fim a isso? Expresse o que sente! É seu apoio, em quem, supostamente, você confia. É comprometimento de vocês superar e seguirem juntos.

Se os dois se deram conta de que o relacionamento deu um novo passo, é o momento de mudar aquelas motivações e ações que até o momento estavam funcionando.

É preciso dar uma nova volta, ar fresco…. Os vínculos se transformam, assim como as pessoas. Nem sempre vamos ser iguais e isso é positivo.

A mudança e o progresso sempre supõem um avanço.

A desilusão é o primeiro passo que pode nos levar ao amor maduro ou à ruptura amorosa. Você decide até onde quer ir.

Lembre-se principalmente de que as relações não precisam ser ideais e nem perfeitas. Essa é uma falsa crença.

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