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Quando somos fortes, recebemos pouco cuidado e quase nenhum carinho.

Quando somos fortes, recebemos pouco cuidado e quase nenhum carinho. Suportar tudo não é sinônimo de força, mas sim, de que em algum momento vamos entrar em “erupção”, como um vulcão. E quando chega esse momento nada será poupado. Tudo ao nosso redor poderá sofrer com essa explosão por muito tempo de contenção.

É sempre mais inteligente não usar a mente como um baú de segredos negativos.

Guardar mágoas, ressentimentos, iras contidas… pode provocar hemorragias emocionais secretas, que levam o corpo a adoecer.

Tudo que a mente não suporta será transferido para o corpo em forma de doenças.

“Quando a boca fala, o corpo sara. Quando a boca cala, o corpo adoece produzindo sintomas”.

Essa dicotomia entre mente e cérebro, caiu por terra há tempos. Somos um sistema único, que necessita da harmonização do psicossomático para o bom funcionamento, isso é o homeostase, o equilíbrio das forças que nos habitam e nos regem.

Quando atravessamos momentos difíceis; e todos nós nos deparamos com bifurcações no longo caminho da vida, a ferramenta mais eficaz ainda é a fala, o diálogo com uma comunicação não violenta.

Usamos o recurso das palavras para exteriorizar pensamentos, vocalizar sentimentos e solucionar problemas de ordem prática.

Não raro pessoas com baixa autoestima, com sentimento de rejeição, de angústia, de reprovação, com falta de pertencimento e importância sentem-se acometidas por pressão arterial elevada, dor no peito, com problemas de coluna, enxaqueca… São palavras impronunciadas que adoeceram por viver em prisão domiciliar.

Palavras não ditas, tornam-se malditas dores físicas.

Não permita que a dor se transforme em sofrimento, não suporte tudo até não aguentar mais nada!

Quando as pessoas acreditam que somos fortes demais, elas acham que conseguiremos suportar qualquer dor sozinhos, e por isso, recebemos pouco cuidado e quase nenhum carinho.

Fale!

Uma boa conversa nos liberta até de nós mesmos.

Não fique tentando ser forte o tempo todo. Os fortes sobrevivem aos piores períodos, mas muitas vezes, sofrem em silêncio, e encaram longos momentos de solidão.

Se permita ser humano, você não tem poderes superiores a qualquer outro mortal, exteriorize a sua dor, peça ajuda, mostre a sua vulnerabilidade com humildade. Não é vergonha sentir que precisa ser cuidado, não é pecado querer receber mais carinho.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

*Foto de Carlos Lindner no Unsplash

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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