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Quando tudo parece perdido, encontramos nossa força para nos reconstruir

Já parou para pensar que estamos em constante construção? Quando tudo parece perdido, encontramos nossa força para nos reconstruir…

A nossa vida poderia até ser comparada com a construção de um edifício, muitas vezes precisamos limpar o espaço, seja ele físico ou energético, depois cavar, afundar e ir lá no fundo da dor ou da situação e o que parece ser um longo tempo depois, começamos a construir e nos erguer. Talvez com uma diferença do edi para o nosso crescimento pessoal, guardamos as memórias de todas as experiências vividas antes de nos desconstruir.

Reconstruir é um processo doloroso, muitas vezes tudo tem que ir abaixo, desmoronar e a partir daí todo o processo de reconstruir começa. Às vezes, a gente até tenta fazer um ‘puxadinho’, demolir uma parte e recomeçar de outra que ‘dá para aproveitar’, mas a verdade é que, em algum momento, não dá mais para segurar, em algum momento é preciso ver tudo cair por terra, deixar virar pó e passar por processos lentos de limpeza e reconstrução. Estamos no eterno desconstruir para construir.

Sabe quando tudo está ruim? Para todo lado que você mexe parece que só sai cobras e lagartos e você sente que não é possível? Por que tudo isso está acontecendo justamente com você?

Esse é o momento de deixar ir e é o momento em que, geralmente, vemos nossa construção ir por água abaixo, tudo vira poeira, carcaça e sucata. E também é nesse momento que você olha e pensa que é impossível que tudo isso possa ser refeito, não há condições emocionais, psicológicas e nem físicas para conseguir material e suporte para fazer algo novo.

Mas eis que a vida é incrível e a Mão de Deus, que escreve a nossa história, sabe de cada tijolinho colocado e sabe o valor de cada pedrinha e cimento que foi projetado ali, e então Ele nos dá uma chance de construir um edifício muito maior e até mais bonito que aquele que estava aí antes. Ele dá suporte emocional, envia anjos em forma de amigos, coloca dias coloridos no meio de tantas nuvens cinzentas, renova seu ânimo e, claro, espera que você aceite todos os presentes que são enviados.

A mão de Deus escreve, mas a gente precisa estar de coração aberto para receber, porque se estamos fechados, não há intervenção Divina que dê jeito.

Mas é preciso lembrar que estamos nos reconstruindo e dali não podemos descartar todo o passado, que deixou experiências fantásticas, como os sonhos grandes, os pequenos, as alegrias e os aprendizados com algumas derrotas, os relacionamentos que machucaram e ensinaram muito e as relações que foram excelentes e deixaram lindas lembranças para emoldurar e colocar na parede da sala de estar. Sim, algumas coisas precisamos levar, faz parte da nossa bagagem pessoal, faz parte da caminhada e da evolução em que nos encontramos.

A nossa vida é arquitetada por Deus, mas Ele também nos capacita para fazermos escolhas, planejamentos e desde que estejamos entregues à confiança de que tudo está certo e acontecendo como deve ser, a nossa história vai se desenrolando e se entrelaçando para chegar a algum lugar que, desejamos e outros que às vezes nem sonhávamos saber ser melhor que aquele que a nossa imaginação criou.

Nós vamos nos fortalecendo e aprendendo a passar por esse caminhar cheio de surpresas. E ainda que nos momentos mais difíceis a gente não consiga pensar em nada que possamos fazer para melhorar toda essa bagunça, experimente apenas pensar: está tudo no lugar que deve ser.

É assim que aprendemos a colocar tijolo por tijolo, mesmo sem saber o como fazer, a gente (re)constroi um novo edifício.

A vida, às vezes, vira essa loucura toda e olhar para uma demolição nos passa a sensação de vazio e de medo, olhar para o desconstruir é olhar para os eu´s que nos habitam e precisavam ir a chão, retirar as camadas que foram sendo colocadas ao longo de tantos eventos da vida, assim entendemos os nossos mecanismos, nosso funcionamento, adentramos no nosso eu verdadeiro e praticando a arte de se autoconhecer. Um coração livre é forte demais, e a liberdade começa quando nos permitimos passar por processos intensos e, muitas vezes, devastadores, quando não colocamos máscaras e não usamos artifícios para distrair e dentro desses processos florescemos e (re)conhecemos as partes que habitam e integram a nossa essência!

E lembre-se, o edifício precisa estar bem estruturado, com uma base firme e sustentado por suas pilastras e pilares, assim é a vida, a minha, a sua, a dele, a dela, a de todos nós. O caminho nem sempre é fácil e visível, mas a leveza nos conduz ao melhor.

Sejamos leves! Somos obras em aprendizado constante, recebendo material necessário e suficiente para fazer o edifício mais lindo que você já viu, o edifício do seu eu maior.

Carol Daimond

Carol Daimond, mineira de Divinópolis, bacharel em Direito e apaixonada pelas palavras entrelaçadas, mãe, mulher e terapeuta thetahealer, uma mistura de mulher que a cada dia se reinventa em busca da sua melhor entrega em partilha para o mundo. Sua jornada como escritora começou de brincadeira e tem se tornado cada dia mais a sua marca pessoal de verdade e essência.

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