A espera deixa meu coração em pedaços. Acordei com a intensa sensação vívida de seus lábios gentilmente roçando os meus. Eu sorri enquanto saboreava o gosto familiar de madressilva tingido em seus lábios, mas quando meus olhos se abriram, você não estava lá.
Eu estava sozinha e deixei sua presença implorar como um alcoólatra anseia por um copo de uísque.
Todos os ossos do meu corpo doíam sem o seu toque, mas nada doía mais que o meu coração.
Fiquei sozinho com minha mente, lutando entre lembranças novas demais para compartilhar e a confusão de onde eu tinha ido.
À medida que os dias passavam lentamente, sem ouvi-lo, meu coração começou a despedaçar lentamente em dois.
“Você não vai voltar”, eu sussurrei em voz alta uma noite como se você pudesse me ouvir.
Eu esperava noite após noite, dia após dia, bater à minha porta e entrar na chuva, mas você nunca chegou.
Alguns dias depois, vi-me pensando na sua vida e fiquei espantado, sozinho, com meu espírito desolado do que havia acontecido com ela.
Algumas semanas depois, a espera já estava amarga demais, me vi testando o líquido salgado que vazava dos meus olhos. O sabor é aquele a que me acostumei. Foi o gosto da dor que me serviu demais.
E um mês e meio depois, às 22h38, aguardava a sua presença como uma criança aguarda um presente de Natal.
Seu pedido de desculpas veio, naquela noite, um minuto depois e, embora, naquela época, fosse tudo o que eu esperava, não era o suficiente.
Eu esperava mais, e a espera dói demais!
E aqui estou eu, cinco meses depois, esperando você entrar com a chuva, com o cheiro do perfume gravado na sua pele; Porque é isso que acontece com pessoas como eu! A minha paciência é uma virtude, mas nem sempre é recompensada.
Tradução e adaptação REDAÇÃO RH
Fonte: Flash News
Autor: Paola Céspedes