Quando estivermos nos humilhando e implorando por sentimentos, será quando ficaremos menos interessantes para o outro. Será quando o outro nem terá motivos para sequer repensar a atitude que tomou.
Não é nada fácil enfrentar o fim de um relacionamento, tanto para quem não quer o término, quanto para quem toma a inciativa de romper. Falhar traz dor e decepção, em todo e qualquer setor de nossas vidas, porque a gente quer, sobretudo, dar certo. E queremos dar certo logo, na primeira vez, mas raramente será desse jeito.
Fato é que, quando um relacionamento se rompe, sempre haverá a possibilidade de um dos parceiros ainda amar o outro, ainda manter esperanças de que encontrará alguma maneira de se consertar o que se quebrou. Nem sempre ambos desistem ao mesmo tempo e, por isso mesmo, as forças de um e de outro se distanciam em intensidade. A tendência de quem não queria se separar é se enfraquecer e se diminuir.
Por essa razão, quem continua amando quem já não ama mais acaba neutralizando toda e qualquer esperança de ser feliz, a não ser junto a quem não está mais ali. Não consegue sequer imaginar a vida sem a presença do outro, como se lhe faltasse o ar, como se sufocasse por dentro, como se nada mais fizesse sentido algum. Para ele, só o outro importa, nada nem ninguém além do outro.
E, então, não raro, muitos começam a mendigar por atenção, lotando a caixa de mensagens e o whatsapp do ex, tentando encontrá-lo, convencê-lo, contentando-se com quaisquer migalhas que lhes forem jogadas. Enquanto isso, o outro se fortalece cada vez mais, porque a ele está sendo dado um poder incrível, como se a vida de alguém estivesse em suas mãos. Esse poder traz força e, muitas vezes, desinteresse pelo outro.
Na maioria das vezes, é assim que acontece, porque, quanto mais fracos e vulneráveis nos mostramos, mais o outro se fortalece. Ninguém se interessa por uma pessoa que não se dá a mínima importância, por alguém que se humilha. Quando estivermos nos humilhando e implorando por sentimentos, será quando ficaremos menos interessantes para o outro. Será quando o outro nem terá motivos para sequer repensar a atitude que tomou.
Não dá para ser muito racional quando a gente se vê numa situação como essa, que envolve afeto e sentimento, pois parece que agir por impulso torna-se mais forte do que pensar sobre qualquer coisa. No entanto, se conseguirmos nos concentrar e nos agarrar ao mínimo de lucidez que nos restar aqui dentro, em meio ao redemoinho lá de fora, conseguiremos evitar rompantes de atitudes descabidas. Não se perca de si mesmo, não se esqueça de se olhar no espelho, de se valorizar, mesmo quando estiver se sentindo um nada.
Você não se interessaria por alguém sem amor próprio, sem noção de limites, por alguém que não tivesse a oferecer nada forte e seguro. Então, não seja você essa pessoa. Chore, fique triste e desanimado, mas não na frente de quem já não te ama mais. Quem provoca nossas lágrimas não merece vê-las. Caso ainda haja amor no outro, pode até demorar, mas um dia se dará o reencontro. E, então, você já será alguém inteiro, interessante e pronto para continuar, ou mesmo para não querer mais. Levanta essa cabeça!
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