Quem faz valer a sua vontade a qualquer custo, promove a barbárie por pura conveniência.

Tenho certeza de que todos sentem uma espécie de angústia permanente sobre o que está acontecendo no mundo, mas precisamente, em nosso país.

Às vezes, na vida, tendemos a ter uma visão egoísta dos fatos, e queremos fazer valer a nossa vontade a força, queremos que todas as pessoas comunguem das nossas ideologias a qualquer custo, mesmo que, as atitudes que nascem delas, venham a prejudicar outras pessoas.

Quando nos colocamos nessa posição de certos e olhamos para os outros como errados, começamos a manifestar comportamentos destoantes que demonstram total incoerência com o sentido da vida que envolve a cooperação e o amor entre os nossos semelhantes.

Começamos a apoiar situações que se desconectam do que pregamos e dizemos que queremos para o mundo e para aqueles que vivem nele.

Tudo começa a sair do controle quando a gente não percebe que o mal está em nós e não nos outros, quando não assumimos a nossa responsabilidade e culpamos os outros por tudo.

Isso acontece quando escolhemos alimentar mais a dor do que o amor. Fazendo isso, passamos a apoiar situações de barbárie como se fossem corretas, quando na verdade, não são.

A nossa cultura está cada vez mais intolerante porque se apoia nessa dor aguda, nessa intensa angústia mental que se profunda sem remorso e não entende que a solução está em buscar o remédio para essa tristeza generalizada.

Se queremos a paz e o amor não podemos ser parte da guerra e do caos.

Às vezes, na vida, tentamos fazer o possível para ajudar os outros e, no processo de tentar melhorar, acabamos complicando ainda mais a vida de quem está ao nosso redor. Esse comportamento contagia aqueles que estão em estado de sofrimento e gera ainda mais angústia.

Porém, não podemos cobrar dos outros uma consciencia que ainda não possuem, nós só podemos acessar a nossa, e a partir dela, começar a criar novas conexões, mais amorosas, para enfim, pacificar o nosso mundo interior.

Se a nossa vontade gera insatisfação ou prejudica os outros, precisamos olhar para essas questões com mais amor e nos perguntar se essa vontade não é fruto do nosso egoismo e do nosso ego, que quer apenas provar que é melhor e que está certo, e menosprezar aqueles que pensam diferente.

Infelizmente, provar que está certo não vai amenizar a sua dor, apenas vai afagar o seu ego, e quando você é conivente com as vontades mesquinhas do ego, você se afoga em uma mar de sofrimentos e despeja a sua dor em cima de quem não tem a menor culpa.

Quando você apoia o errado achando que está certo, você sofre as consequências da sua desconexão com a verdade.

Comece a se perguntar se a sua vontade não é pura conveniência. Para que você possa começar a contribuir com um mundo melhor, você precisa parar de dar munição para o ódio que quer destruir ao invés de construir.

Para ajuda terapêutica me chamo no direct @rhamuche.

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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar.

Imagem de capa: REUTERS/Adriano Machado

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.