Quando o espaço é do outro, devemos seguir nele com cuidado. Penetrar nele com as nossas certezas absolutas, mais do que falta de empatia, significa falta de respeito, significa que damos mais valor a nós próprios, às nossas opiniões e certezas do que ao que o outro pensa ou acha.

As certezas causam impossibilidades, por outro lado, as dúvidas são prenhes de ensinamentos e descobertas. Ser empático é ter a capacidade de se “colocar no lugar do outro” mesmo que de forma abstrata e, basear a razão de forma concreta no ponto de vista da outra pessoa.

Se as certezas são limitantes, encurtam a visão de mundo, é um verdadeiro desastre invadir o espaço do outro com as próprias certezas.

Se eu por vezes me confundo com minhas próprias emoções e sentimentos, é quase certo que farei estragos adentrando o espaço alheio com minha visão limitada pelas minhas certezas.

Minimamente, preciso de autorização ou solicitação para, respeitosamente, entrar no território sagrado da alma alheia.

Passo a passo para a empatia:

Ouvir – oferecer ao outro uma escuta de qualidade.

Ouvir, a ele, como ele vê, percebe e “sente”.

Compreender seu relato de acordo com seu ponto de vista.

Só, então, é a hora de enriquecer a visão,acrescentando um novo olhar sobre o mesmo ponto, porém, com outra perspectiva.

Entre o “não” das incertezas da outra pessoa e o “sim” das nossas próprias certezas, há o “talvez”, o “quem sabe”, o “pode ser”, o “pensando bem”, o “não tinha me atentado a esse aspecto”, o “vou pensar sobre isso”…

Na agregação dos pontos de vista, criamos um caleidoscópio de opções, saberes e novas possibilidades, ampliando, assim, o espaço de escolha.

Portanto, o respeito, a empatia, o limite e a escuta determinarão o melhor resultado.

Ou, pelo menos, o mais ameno, com menor impacto negativo.

“Invasão é diferente de contribuição, portanto, num diálogo, saiba a hora de opinar, como opinar, o que falar e faça sua contribuição.”

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.