Charme tem a ver com sinceridade, autenticidade, com aceitar-se e viver de acordo com aquilo que possui dentro de si. Charme tem a ver com a forma como se trata o próximo, com as palavras usadas, com o tanto que a pessoa consegue enxergar o outro, o mundo, além do próprio umbigo.

Haja vista a superficialidade que permeia os vários setores da vida em sociedade, hoje, a beleza estética tornou-se um visto de entrada na mídia, nos relacionamentos, entre outros. Com isso, é difícil assistir a algum programa televisivo cujos protagonistas não sejam magros, com rostos lisos e cabelos sedosos. No entanto, por mais que se invista na aparência, nada se compara ao charme natural que certas pessoas transpiram.

Quem de nós não conhece alguém que esbanja um charme todo seu, conquistando nossas atenções, sem nem nos importarmos em notar se seus traços são belos de fato?
Sim, existem indivíduos que carregam, em si, uma elegância genética, uma simpatia sem esforços, um brilho que independe de maquiagem. Andam, sorriem, falam, olham de maneira sincera e especial. É o “it”, aquele “quê” inexplicável, um charme totalmente peculiar.

Interessante que o charme cai bem em quaisquer imperfeições físicas que possa haver, tornando um nariz adunco, um estrabismo, ou mesmo um queixo pronunciado, perfeitamente ajustados ao todo de quem encanta para além das aparências, de quem brilha por ser quem e como é. Não precisam se embelezar ou se preocupar demais com a roupa, uma vez que destacar-se-ão onde e como estiverem.
Charme tem a ver com sinceridade, autenticidade, com aceitar-se e viver de acordo com aquilo que possui dentro de si.
Charme tem a ver com a forma como se trata o próximo, com as palavras usadas para se expressarem opiniões, com o tanto que a pessoa consegue enxergar o outro, o mundo, além do próprio umbigo. Pessoas charmosas encantam porque olham nos olhos, riem de verdade, respeitam-se e respeitam quem quer que seja.

É por isso que algumas pessoas jamais conseguirão sustentar a beleza, por mais botox e cirurgias plásticas que comprarem, simplesmente porque essa beleza tão somente estética impacta somente de início, mas o que permanece mesmo é o todo, a harmonia entre a aparência e a essência.
Preocupar-se exageradamente com o corpo, com as rugas, com os cabelos é inútil, afinal, quem tem charme não precisa de beleza.








Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.