Quando o ano novo se aproxima temos, por instinto, o costume de fazer um balanço geral do ano que passou e, impulsivamente, traçar resoluções que, muitas vezes, não seguimos porque a realidade nos envolve em uma longa correria. Isso ocorre por causa de um único aspecto: falta de foco! Logo, queremos fazer tudo ao mesmo tempo, sem colocar em ordem o que é prioridade.
Estamos vivendo a ‘Era da Informação’ — conhecida também como a Era Digital ou Tecnológica, devido à transformação dos sistemas de comunicação e transportes — fazendo qualquer notícia repercutir rapidamente pelos mais variados canais para todo mundo, em tempo real. Contudo, está cada vez mais difícil lidar com tanta demanda de conteúdo. A todo instante surgem novas redes sociais e aplicativos prometendo facilitar a vida. Sem levar em conta que temos que acompanhar as tendências, como ser fitness e fazer cursos para seguir a carreira do momento. Nesse turbilhão de algoritmos que dominam nosso subconsciente, falta tempo para pensar em sonhos e ter vida social de verdade.
O que acontece é que nós, da ‘Geração Y’, viramos ‘ratos de laboratório’. Estamos testando e consumindo tudo que o mercado despeja; estamos deixando de consumir o que sempre fez parte do nosso cardápio e do cotidiano porque dá câncer; estamos praticando meditação porque não dá para ser feliz apenas assistindo Netflix; estamos fazendo cronograma capilar porque nossos cabelos se tornaram dependentes químicos; somos influenciadores digitais! #SDV.
Do que adianta fazer resoluções e vestir branco no Réveillon, se nossas atitudes continuarem as mesmas? Estamos mergulhados em mesmice porque gostarmos de nos sentir seguros em nossa zona de conforto. Temos medo de perder o emprego; terminar o casamento; entrar em um relacionamento — temos medo de mudar! A paz que procuramos está em nossa cabeça. ‘Open your mind’! O que falta mesmo é descobrir nossos talentos e o que nos traz felicidade; pois, quando estamos felizes somos pessoas mais produtivas e focadas, as coisas se ajustam naturalmente e passamos a sentir gratidão.
É importante identificar defeitos que nos impedem de criar novidades. Se não agirmos… perderemos oportunidades que aparecem apenas uma vez na vida; deixaremos de viver experiências incríveis porque não queremos abrir mão do orgulho — este, por sua vez, é um monstro que devora a alma e se alimenta da vaidade. Aprendi uma coisa: ser honesto consigo mesma é a maior virtude que uma pessoa tem. O orgulho é a pitadinha de morte em suas atitudes!