Se tem uma coisa da qual eu nunca tive medo é de ir embora. Já fui embora muitas vezes, já me despedi de muitas coisas e muitas pessoas também. Mas as despedidas mais dolorosas sempre foram de mim mesma.‌ Doeu quando deixei para trás a menina inocente.

‌Foi assustador quando tive que dizer adeus à adolescente sonhadora para abraçar a versão adulta que pouco sabia e tanto queria.

A cada novo ciclo, eu me reinvento e continuo me despedindo de apegos, de crenças, vontades, de hábitos e de tudo o que não edifica, não ensina e não me acrescenta.

Antes de qualquer partida, existe sempre um momento em que você não pensa e não diz nada, apenas sente.

Sente que certas pessoas, lugares e situações não o representam, não o satisfazem, e não o fazem mais feliz.

De um jeito ou de outro, a gente sempre sente e sabe quando é hora de partir. Mesmo que inconscientemente.

‌E o mais importante é nunca temer as despedidas, pois para fazer espaço para o novo, temos que nos livrar do que é velho e não nos serve mais.








Jornalista, colunista, filha do Universo e amante da liberdade. Um ser humano que se encanta a cada dia mais com os mistérios da vida e suas dimensões. Escrever pra mim é desejar e eu desejo que seu espirito seja livre e a alma plena. Que o sonhar traga esperança e que a dor traga entendimento. Em minha jornada fiz como missão questionar e explorar os mistérios desse segredo que e viver.