Às vezes, você simplesmente está triste; busca motivos para deixar o momento de tristeza de lado, mas não consegue encontrá-los.
Parece que a vida transcorre de forma que não consegue despertar o seu interesse, muito menos o seu entusiasmo. Você simplesmente se deixa levar, como se o tempo fosse um piso escorregadio.
Outras vezes você está triste, mas sabe exatamente de onde vem essa sensação. Pode ser por uma perda, um fracasso, uma desilusão, etc. A presença desse acontecimento é tão forte em sua vida que você não consegue se livrar da sensação derivada dele.
Sem dúvidas, há momentos na vida em que a tristeza é inevitável. Outras vezes, porém, podemos deixá-la de lado, mas não conseguimos porque não sabemos como fazer isso ou porque, sem querer, acabamos alimentando essa tristeza.
Por isso, se você estiver triste, vale a pena formular algumas perguntas que podem dar pistas para sair desse estado.
“A tristeza não é nada além de um buraco entre dois jardins”.
-Khalil Gibran-
São muito comuns os casos em que a tristeza não se dissipa porque a culpa que a sustenta não acaba. O pior é que, muitas vezes, essa culpa é apenas imaginária.
Ou seja, não corresponde a um resultado negativo que tenha sido produto das nossas responsabilidades, e sim a uma fantasia que não identificamos nem elaboramos.
A culpa costuma cercar um evento que afetou de forma negativa os demais ou a nós mesmos. É, então, que começamos a dar voltas naquilo que não conseguimos digerir, que não sabemos como reparar.
Outro dos motivos frequentes de tristeza, especialmente quando não identificamos uma causa específica, é a dissonância. Por uma razão ou outra, acabamos traindo nossos desejos, nossos sonhos ou nossos afetos.
Isso origina uma sensação de profundo mal-estar com nós mesmos. A tristeza seria a forma de expressão dessa censura.
No fundo, mais do que tristes, estamos decepcionados com nós mesmos. Nos mantemos presos a uma dualidade na qual queremos algo, mas fazemos outra coisa.
Este ponto é similar ao anterior, mas neste caso, a ênfase está na contradição entre o que pensamos conscientemente e o que fazemos na prática. Talvez, por exemplo, tenhamos sido testemunhas de uma injustiça, mas não a confrontamos por medo, por negligência ou por insegurança.
Talvez tenhamos nos apegado à ideia dos outros simplesmente porque temos medo de ir contra a corrente. No fundo, no entanto, sabemos que isso vai contra as nossas verdadeiras crenças. Como no caso anterior, a rejeição assume a forma de tristeza.
Estar triste nem sempre está relacionado com as emoções aos pensamentos. Muitas vezes, tem a ver com um estilo de vida no qual há algum tipo de exigência exagerada ou falta de cuidado. A fadiga e a má nutrição também levam à tristeza, principalmente quando se prolongam no tempo.
A falta de descanso afeta nossas emoções de forma notável. Só o fato de não dormir a quantidade de horas suficientes leva ao surgimento de uma perspectiva nebulosa diante de tudo o que nos cerca.
Da mesma forma, quando não nos alimentamos adequadamente, o nosso cérebro também sente esse déficit, fazendo com que fiquemos mais irritadiços e depressivos.
O que poderia fazer eu me sentir melhor e sair desse momento de tristeza?
Talvez esta seja a pergunta mais importante quando estamos tristes. Às vezes não encontramos as respostas para as outras perguntas facilmente, mas esta costuma estar ao nosso alcance.
A curto prazo, talvez uma ação simples como respirar um pouco, dar um passeio ou se afastar de um determinado ambiente pode ser a resposta. A longo prazo, mudar de trabalho, resolver os assuntos pendentes com seu parceiro ou se consultar com um profissional pode ajudar.
Um momento de tristeza, por si só, não é bom nem ruim. Trata-se de uma realidade que todos nós sentimos, que conhecemos e conheceremos um dia.
No entanto, se este for um sentimento que está presente de forma recorrente, é importante focar em identificar sua origem. Há algo que luta para chegar à superfície e deixar isso fluir pode melhorar o seu humor.
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