Se você não consegue tomar uma decisão, o problema pode estar no seu cérebro, diz neurocientista.
O processo de memória, tomada de decisões e atenção, se encontram em regiões adjacentes do cérebro que podem ser trabalhadas por todos nós.
Em um dos meus estudos mais recentes, abordei um tema que acho muito pertinente neste momento que estamos vivendo: o processo de memória focado na tomada de decisão e foco atencional.
Há cerca de dois anos e meio que somos confrontados com uma realidade que foi completamente alterada devido à pandemia, realidade essa que nos obrigou a trabalhar à distância, fazendo uso de inúmeras plataformas e que nos exigiu aprender a um ritmo diferente, por vezes, mais rápido e intenso.
Quem trabalha nas áreas da educação, precisou alterar muito a sua rotina de trabalho, principalmente no que diz respeito à melhoria das estratégias de aprendizagem que, não comprometessem o aprendizado e pudessem prender a atenção das novas gerações.
Muitas pessoas ficaram paralisadas frente aos desafios e escolheram esperar a pandemia passar, outras saíram fazendo as mudanças necessárias, tomaram decisões importantes e criaram alternativas para melhorar as suas vidas, e em consequencia, melhoraram a vida das outras pessoas também.
Por que essas pessoas conseguiram e outras paralisaram?
Pessoas que, comumente, treinam a memória, desenvolvem o foco e a criatividade, diariamente, são pessoas que trabalham e preparam o cérebro para que ele reaja de maneira positiva em momentos de crise.
Elas são capazes de fazer um registo escrito quando necessário, criar estratégias de memorização usando palavras chave, ou estabelecer relações entre memórias e objetos ou rotinas para criar um gatilho.
Quando o volume a memorizar é muito grande, como por exemplo, o conteúdo de uma prova ou apresentação, essas pessoas constumam recorrer às notas e também à oralidade.
Mas como isso pode me ajudar a tomar decisões necessárias para melhorar a minha vida?
Todas as informações que você necessita se encontra na sua memória, consciente ou inconsciente. O seu cerébro é capaz de recorrer a elas sempre que recebe o comando certo, na hora certa. Mas as pessoas que não conseguem tomar decisões, geralmente, apresentam uma dificuldade de memorizar os conhecimentos, de focar nas atividades, são pouco criativas e desatentas.
Se você deseja tomar decisões melhores na sua vida, procure trabalhar a sua memória. Falar alto ou tentar ensinar a alguém aquilo que você quer aprender faz com que o cérebro entenda que aquela informação precisa ser arquivada para um uso futuro. Cada informação contida no cerébro servirá de apoio para que você tome decisões certas na hora certa. Esse movimento ajuda na memorização, mas você precisa ficar repetindo o processo quantas vezes forem necessárias.
Para trazer a solução e tomar uma decisão, antes de mais nada, você precisa identificar qual é o problema.
Entender a problemática é uma forma de tornar a memorização mais fácil uma vez que, não há como trazer solução quando desconhecemos o que se faz necessário. Sem esses dados, o cérebro entende que agir não faz sentido.
Quando entendemos isso, conseguimos tomar decisões mais acertivas, mais facilmente.
O fato é que, cheguei a a conclusão de que a memorização quando vincualada à arte e à criatividade e seus esquemas, desenhos, pinturas, usando cores nas anotações, de acordo com o nosso projeto organizacional, facilita a absorção da informação pelo cérebro.
Todos esses processos são válidos e cabe a cada um usar o que lhe for mais conveniente e funcionar melhor pra você.
Se a sua vida está parada porque você não consegue tomar decisões, está na hora de trabalhar a sua memória, o seu foco, a sua atenção e também, a sua criatividade.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Resiliência MAG, é PhD em Neurociências; doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; mestre em Psicologia; mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em antropologia, pós-graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência Aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, filósofo, jornalista, especializado em programação em Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat — La Red de Investigadores Latinoamericanos; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience — maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Europeia de Neurociências; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
*Foto de Toni Frost no Unsplash.
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