Destaque

Ser da família não é um passe livre para a pessoa ferrar com o emocional da gente

A família é nosso porto seguro, são pessoas com quem convivemos grande parte de nossas vidas e é onde fica mais fácil encontrar amor verdadeiro. Na maioria das vezes, os laços de sangue nos tornam ligados às pessoas por toda uma vida. No entanto, como em tudo, há exceções, há casos e casos, uma vez que nem todo mundo sabe amar e/ou ser amado.

Há inúmeros relatos de familiares que se tornam praticamente inimigos, de pais e de mães que negligenciam quaisquer cuidados com seus filhos, de filhos que maltratam os progenitores, até mesmo envolvendo assassinatos, entre outros crimes, nessas relações.

Ou seja, às vezes, laços sanguíneos não significam nada para algumas pessoas, que não são capazes de se responsabilizar por ninguém, tanto materialmente, quanto emocionalmente.

Não se pode negar que a culpa parece ser ainda maior, dentro da gente e aos olhos dos outros, quando envolve atitudes tomadas para com alguém da família. É como se a dimensão do que se faz com um parente se alargasse, porque, via de regra, é natural o amor entre pessoas que fazem parte de uma mesma família. É como se fosse obrigatório amar quem tem o mesmo sangue, incondicionalmente, haja o que houver.

Embora quando brigamos com irmãos ou parentes bem próximos, por exemplo, o perdão pareça ser mais fácil, isso não significa que a pessoa possua um passe livre para agir como quiser, apenas por ser da nossa família.

Isso não significa que nossos olhares devem ser condescendentes e pacientes, toda vez que um familiar erra, mesmo que erre sempre, deliberadamente, ferindo a gente.

Às vezes, será preciso que nos distanciemos de um familiar, para colocar os sentimentos em ordem e ponderar sobre a real importância ou não daquela pessoa em nossa vida. A gente tem que se libertar de tudo e de todos que nos fazem mal, seja essa pessoa quem for.

Sem culpa, inclusive, porque ninguém merece uma pessoa que ferra com o emocional e com a vida da gente, seja ela de casa, seja ela da vida. Sigamos.

Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

Recent Posts

Exposição de Crianças Superdotadas nas redes sociais é excessivamente superior no Brasil do que em outros países.

Exposição de Crianças Superdotadas nas redes sociais é excessivamente superior no Brasil do que em…

1 semana ago

Halloween: Como o nosso cérebro interpreta o medo?

Halloween: Como o nosso cérebro interpreta o medo? Os sustos e o medo são processos…

2 semanas ago

Dia do Professor: Profissional que criou método inovador explica o que deve ser transformado na educação

Dia do Professor: Profissional que criou método inovador explica o que deve ser transformado na…

1 mês ago

Baixa motivação diurna: como metas diárias podem ser a chave para regular o humor e a motivação

Baixa motivação diurna: como metas diárias podem ser a chave para regular o humor e…

1 mês ago

Série Mindhunter: Relação entre Psicopatia e Inteligência

A Complexa Relação entre Psicopatia e Inteligência: Reflexões a partir da Neurociência e da Ficção…

1 mês ago

Responsabilidade afetiva e o chamado “ghosting” das redes sociais.

 Você sabe o que é dar um “ghosting” em alguém? Esse termo se tornou muito…

2 meses ago