Todo mundo que já se apaixonou, já teve esse sentimento correspondido, e já se deparou com a chance de viver um amor, sabe o quão doído pode ser um término de um relacionamento. Independente dos motivos e de quem tem a iniciativa de terminar, nunca é fácil para nenhuma das partes. Aliás, se for fácil demais desconfio que haja amor de menos.
Nós nos acostumamos a uma vida ao lado de alguém, compartilhamos sonhos, medos e desejos e, de repente, somos obrigados a viver como se aquela pessoa nem existisse mais. Isso soa tão doloroso que depois de toda a turbulência com o término, acredito que muita gente anseie apenas pelo momento de calmaria.
Mas o que é essa calmaria? É exatamente aquele momento em que toda a tormenta já cessou. Não há mais arrependimentos, vontades, dúvidas e, muito menos, a dor latejante.
É aquele momento completamente pessoal, em que estamos tão bem resolvidos que nos sentimos plenos apenas em nossa própria companhia.
O esquisito é que quanto mais desejamos essa maré de calmaria, mais ela parece escorrer pelas nossas mãos.
A verdade é que ela chega quando menos esperamos. Vem de mansinho, abre a porta devagar e invade nosso corpo, proporcionando uma enorme paz de espírito.
E para quem se acostumou à dor latejante por tanto tempo, não existe sensação mais incrível do que sentir que aquele buraco no peito está sendo tapado e perceber que não há mais uma angústia dominando-o completamente, pois todo o medo de não conseguir seguir em frente ficou para trás.
Olha, não garanto que isso aconteça de um dia para o outro. Na verdade, acho que na maioria dos casos demora bastante, mas posso garantir que, uma hora ou outra, a calmaria chega.
Dizem por aí que depois de toda turbulência vem um momento de paz. Então, se você estiver vivendo a sua turbulência agora, meu conselho só pode ser um: não pire, respire.
Todo mundo já passou ou vai passar por isso algum dia. É complicado, angustiante, difícil, e parece mesmo que não vai chegar ao fim nunca. Mas eu garanto que a turbulência só existe para nos deixar mais fortes e nos preparar para a calmaria que vem logo em seguida.
Até porque se vivêssemos em eterna calmaria a vida seria muito chata, não é mesmo?
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