Não importa qual letra do alfabeto de gerações pertençamos, sempre precisamos de referência de mentores.
Toda vez que uma nova geração ocupa os espaços nas empresas vem logo as generalizações do tipo: “O que vai ser do mundo na mão dessa garotada ein?”As gerações anteriores sempre julgam-se melhores que a sucessora, e em certa parte, estão realmente com razão. No entanto, muito do que se fala da tão famosa geração Y, X e Z e outras são, no fundo, características de todos os jovens.
Toda geração é ansiosa pelo seu futuro. Teve seus momentos mais ambiciosos e apesar de trabalhar mais, também estão suscetíveis a desfocar. Toda a história da juventude passa por este fenômeno: A pressa de conquistar o mundo inteiro sem ao menos ter o mínimo de experiência.
A maturidade vem com erros, mas o mercado está menos tolerante
Toda geração é imatura em certo aspecto. No entanto, a correria do mercado de trabalho não permite ter tempo para esperar os jovens amadurecerem. Eles estão cada vez mais cedo em cargos de responsabilidade, em ocupações importantes, e nem sempre sabem como reagir a todos esses compromissos.
Em meio a dificuldade de lidar com as mudanças de padrão, os gestores das empresas sempre precisam culpar a geração que antecede a sua. São frases como: “Na minha época, era pior, porque…”, “Hoje é mamata!”, “Queria ver você aqui quando eu comecei”.
Chamar a próxima geração de sem compromisso, dizer que se acham os melhores, ou simplesmente taxa-los de preguiçosos é clichê e não ajuda nada. Principalmente, diante da notória percepção de que nosso modelo de trabalho atual está em decadência.
É verdade que as novas gerações foram influenciadas principalmente pela internet, por isso, são mais imediatistas, aceleradas, mais consumidoras de novas informações, mais sentimental, mais cheias da noção de direitos e experimentam o mundo de uma maneira diferente.
Para os meninos e meninas que ingressam no mercado de trabalho com bastante expectativa, fazem isso para colecionar desafios e experiências, enquanto as empresas pensam que dar um bom salário já é tudo que precisam fazer.
Afinal, o que pensam os jovens sobre o mercado de trabalho?
O jovem de hoje encara a frustração com um pouco mais de dificuldade. Não é que estão menos sensíveis a ela, mas é que esperam demais de si. E ao lidar com essa realidade, não conseguem sustentar uma vida que não tenha aventuras dentro da profissão.
Não acho que são mais frágeis. Acho que competem muito mais e isso os empurra diretamente para um local de insatisfação e indiferença. Não ligam para seus companheiros e apenas vêem no outro um mero competidor. Mesmo tendo mais amigos no trabalho que seus pais, eles não sabem dividir trabalho de amizade. Não tem maturidade para isso.
Também não consigo concordar com a acusação de que tivemos mais proteção do que os jovens do passado, a nossa realidade social e econômica continua dificultosa. E mesmo que nossos pais tenham tido mais ou menos condições de trabalho, é um erro pensa que isso tornou-se mais fácil com o tempo.
Muitos confundem seus chefes com seus pais e acreditam que as consequências dos seus atos não serão levados em conta com seriedade, e se frustram com a primeira chamada de atenção por chegar atrasado, por exemplo. Eles esperam que as empresas e seus gestores trabalhem em seu favor. Daí, o rótulo de mimados.
Cada geração tem seu drama
Enforcamos o esforço de nossos jovens quando os comparamos a seus pais. Ter tudo que os pais tiveram na nossa idade não é mais a prioridade dos jovens. A superação que buscamos está não na nas posses, nas conquistas materiais ou nos cargos, mas na quantidade de experiências que temos alcançado.
O sucesso para ambos significa coisas diferentes. Para os jovens, o sucesso não é apenas estabilidade, garantias, bens e cargos, mas é estar em um emprego qual ele seja o mobilizador de uma nova tendência, participe de um movimento que julgue importante, que passe a criar uma nova orientação de mercado. É isso que o movimenta.
Os veteranos precisam entender que não precisamos de uma expectativa nos cobrando resultado em contrapartida dos privilégios e investimentos que nos foram feitos. Precisamos de desafios para nos mover.
Mentoria é a palavra chave para eles
Temos uma alta capacidade de aprender mais e mais rápido. Trabalhamos melhor com a diversidade. Temos um pensamento com menos barreiras culturais, físicas e sociais. Temos uma sede intensa por inovação e uma fome grande por empreender.
Não queremos apenas chefes mais compreensivos, ricos em paciência, mais desafiadores, com espírito de delegar e que confie no que podemos fazer, mas uma mentoria, uma passagem de experiência, uma referência para ser seguida, uma parceria de novas experiências e pé no chão. Resumindo, queremos menos controle e mais ajuda.
Precisamos de gente disponível a orientar, não só um líder cheio de autoridade, mas um mestre que queira ensinar, que transborde experiência e transmita a sua percepção sem querer apenas dar ordens, conselhos, advertência, pitaco, palpite…
Não precisamos de gestores que nos rotulem como a geração mais mimada e preguiçosa que já existiu, mas de pessoas que estejam dispostas a ser nossa referência. Da mesma forma, precisamos nos submeter mais aos mentores deixando de lado a ideia de que nada temos que aprender com os mais velhos.
Temos que olhar para alguém mais experiente e saber que podemos contar com ele para os novos desafios que teremos pela frente. Precisamos de pessoas que continua a nos inspirar a encontrar um bom caminho e a nossa experiência com o trabalho será outra.
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