Em algumas delas, temos a nítida sensação de que não vamos conseguir superar, que chegamos ao fim. E é o fim mesmo. Porém, é o fim de um ciclo, de uma era, não o fim da jornada.
Aceitar esses finais sem resistência e lamentação é uma prática que aprendemos com muito treino, não é fácil, como nas teorias e livros de autoajuda, mas a boa notícia é que é perfeitamente possível.
Pense em quantas pessoas você conhece que “vieram do nada”, que construíram seus impérios com muita garra e luta, que estiveram no fundo do poço e se reconstruíram. Tenho certeza de que você conhece pelo menos uma.
E, responda com sinceridade: você acredita que essas pessoas chegaram aonde chegaram por culpa meramente da sorte, assim, por acaso? Nada disso. A “sorte” tem predileção pelos batalhadores. Ninguém chega a um patamar de vida almejado afirmando que é um infeliz, incompetente e fracassado. Ninguém constrói um império e uma vida invejável por mera obra do acaso.
Pessoas que obtiveram sucesso, seja ele financeiro ou espiritual, fazem uso de um poder oculto fortíssimo chamado fé, o qual, felizmente, é acessível a todos nós.
Mas não me refiro aqui à fé sazonal, aquela em que a gente grita: “ai, meu Deus do Céu” quando o avião está caindo. É a fé em si mesmo.
Pessoas de sucesso, que saíram de situações extremamente complicadas para se tornar referência, como Silvio Santos, Walt Disney e o coronel Harland Sander, fundador da famosa rede de alimentação KFC, utilizam uma ferramenta fantástica que pode nos levar aonde quisermos: o diálogo interno. Elas o usam como estratégia competitiva. Também nunca duvidaram de si mesmas, pois sempre souberam que chegariam aonde quisessem.
Então, a partir desse momento, quando sentir que o mundo está desabando sobre a sua cabeça, em vez de se lamentar, desesperar e dizer que a sua vida está ruindo, troque a fala por “minha vida está se reconstruindo”.
Porque não há, de fato, uma reforma sem bagunça. Já experimentou pintar ou reformar algo na sua casa? Paredes precisam ser quebradas, entulho retirado, tinta descascada. Primeiro quebramos tudo, vem tudo abaixo, fica feio, fica cansativo e parece que nunca vai ter fim, mas depois, quando toma forma e a gente vê como ficou lindo, olha para trás com sorriso no rosto e diz que valeu a pena.
Então, caro leitor, daqui por diante, experimente dizer que está em um mundo em construção, que está se reconstruindo, se reformando. Percebe a diferença no impacto entre dizer “minha vida está ruindo” e “estou reconstruindo tudo”?
De fato, vai ruir. E é capaz que isso não tenha mesmo um lado espiritual ou positivo. São coisas da vida. Acontecem. Deixe vir abaixo. Solte. Pare de segurar os escombros com as mãos machucadas; mãos rígidas demais se ferem; mãos flexíveis se moldam.
A forma como você conta a sua história, seu storytelling pessoal, faz toda a diferença na sua vida.
Quando perguntarem, contenha o impulso de listar os infortúnios e chorar a miséria, apenas sorria e diga: tudo está se reconstruindo.
As palavras são poderosas, por isso substituir aquelas com carga negativa pesada por outras mais positivas é o primeiro passo para a mudança que você tanto quer na sua vida.
Não duvide de si, nem por um segundo sequer; não deixe seu crítico interior convencer você de que você não é capaz. Aliás, todas as vezes que precisar enfrentar sua autocrítica feroz, confronte-a com seu novo diálogo interno.
Você está em reforma, não está destruído.
Todo Comportamento Reflete uma Condição: Saber Distinguir Pode Oferecer Soluções para a Remodelação Pessoal A…
Exposição de Crianças Superdotadas nas redes sociais é excessivamente superior no Brasil do que em…
Halloween: Como o nosso cérebro interpreta o medo? Os sustos e o medo são processos…
Dia do Professor: Profissional que criou método inovador explica o que deve ser transformado na…
Baixa motivação diurna: como metas diárias podem ser a chave para regular o humor e…
A Complexa Relação entre Psicopatia e Inteligência: Reflexões a partir da Neurociência e da Ficção…