Atitudes negativas podem ser uma forma de querer chamar a atenção”.
Muitas vezes, acabamos nos precipitando ao julgar o outro, as suas atitudes ou escolhas.
Estes pré-julgamentos podem ainda ser mais cruéis quando nos deparamos com atitudes negativas, com as quais não concordamos.
Por vezes, seja no contexto familiar, de trabalho ou social, nos vemos envolvidos em situações onde não conseguimos compreender as atitudes do outro em sua verdadeira essência.
Precisamos parar por um instante e tentar refletir sobre o motivo que o levou a reagir de uma forma negativa.
Muitas vezes, atitudes negativas são maneiras equivocadas que o outro encontra para chamar a nossa atenção.
Há detalhes escondidos que nos escapam e, nos dias de hoje, vivemos tão absorvidos em nossos problemas individuais, que nos falta disponibilidade e vontade para doar o nosso tempo e a nossa atenção ao outro.
Fazer algo que choque, que magoe, que seja mau pode sim funcionar como uma forma de chamar a nossa atenção.
Por outro lado, quando alguém reage negativamente no intuito de chamar nossa atenção precisamos analisar mais fundo a situação com discernimento e compreensão.
Há que saber separar as águas (emoções) e avaliar a situação em toda a sua dimensão.
Se não somos capazes de discernir e entender qual é necessariamente, a necessidade do outro, ao agir de tal maneira, acabamos realizando um mau julgamento, e pioramos o cenário que já é desgastante por si só.
A chave para lidar com pessoas que, continuamente, tentam se promover com atitudes negativas é não revidar, não reagir, não levar para o pessoal. Devemos compreender a raiz do problema e tratar a partir daí.
Geralmente, essas pessoas agem por impulso e não possuem domínio emocional, muito menos autoconhecimento para entenderem a si mesmos, e nem se quer sabem, na verdade, quais são as suas reais necessidades, por isso, tentam chamar a nossa atenção de uma forma negativa, para que nós tentemos ajudá-los a descobrir o que, de fato, necessitam.
Ou seja, eles estão gritando por ajuda.
Inconscientemente estão dizendo: “Por favor, me ajudem! Me salvem de mim mesmo! Eu não sei o que preciso e por isso me irrito tanto!”.
Mas infelizmente, a maioria das pessoas são orgulhosas e não vão aceitar opiniões vazias, ou meros achismos, essas opiniões podem soar como julgamentos e deixá-los até mais nervosos.
O jeito é esperar pacientemente que se acalmem.
É inteligente se afastar por algumas horas, e esperar o melhor momento para conversar, um momento onde estarão mais descontraídos e calmos, para voltar ao assunto de uma forma amigável, sem que eles entendam que estão sendo repreendidos, pelo contrário.
Para obter bons resultados com pessoas impulsivas, eles precisarão sentir que estão sendo acolhidos, e que naquele momento, a sua atenção está totalmente voltada para eles.
Muitos não terão paciência para lidar com pessoas assim, e logo as abandonarão, mas esse conselho é para quem tem um filho, um marido, uma mãe ou um pai, pessoas muito próximas, que frequentemente têm atitudes negativas para chamar a atenção de todos.
É apenas para que saibam que suas atitudes negativas podem não ser um retrato de uma personalidade malvada, pode ser apenas a única forma que conhecem de chamar a sua atenção.
Como ajudar?
Pessoas que tentam chamar a nossa atenção negativamente precisam de ajuda para descobrirem quem são de verdade. E não é um caminho fácil, talvez eles precisem de ajuda profissional no caminho do autoconhecimento.
Ao invés de apontar o dedo e julga-los, indique caminhos para que eles possam descobrir quais são as suas reais necessidades, porque na maioria das vezes, eles não sabem quais são.
*Foto de onde está pykh no Unsplash
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]
VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.