Depois de algum tempo, remando contra a maré, e resistindo ao fluxo do meu destino, eu finalmente entendi, que não terei todas as respostas, e que não me resta outra alternativa, além de aceitar, tudo aquilo que não posso controlar. Entendi que devo aceitar os meus defeitos, não passivamente, mas com resignação e gratidão, mesmo quando dói.
O tempo me ensinou muito sobre a dor. E desde então, recebo todas as dores com carinho, pois sei que elas sempre trazem sabedoria e que a cada ferida cicatrizada, a gente se torna uma pouquinho melhor, porque o que não mata, de fato fortalece.
E hoje mais fortalecida pelas pancadas da vida, eu tenho plena consciência de que tenho muitos defeitos para ser perfeita, mas sou muito abençoada para ser ingrata. Porque nem sempre é possível entender, ou mudar o curso do destino, e se o que nos resta é aceitar, então que assim seja. E que acima de tudo, a gente saiba, se aceitar, exatamente da maneira que somos.
Que saibamos encontrar beleza no caos, que saibamos ser luz em nossa própria escuridão, sem perder a gratidão, nos momentos em que nossa alma padece nos desertos da vida. Que a gente se encontre na solidão, e abrace nossa imperfeição, porque somos humanos, somos falhos, mas podemos pelo menos tentar ser melhor.
Eu não sei quantas lições eu já aprendi, tão pouco quantas eu ainda preciso aprender. A única coisa que eu sei, é que estou vivendo, me permitindo, sentindo e me tratando com amor. Porque sem amor eu não sou, sem amor eu não existo. Por isso para mim é tão importante viver em paz com harmonia e muita gratidão. Meu desejo maior é a Felicidade que só existe na simplicidade de uma vida que vale a pena ser vivida.