Tudo o que voce julga te aprisiona, tudo o que você aceita, te liberta! Onde está o meu foco, também está o meu amor.
Acredito que a raiz de todos os sofrimentos humanos está no julgamento e na interpretação que fazemos dos fatos que compõe a nossa história. A maneira como julgamos nos leva a aprisionar a dor dentro de nós.
Quando nos apegamos a uma dor, além de não conseguirmos resolver nada, ainda limitamos o nosso crescimento pessoal, emocional e espiritual. Percebi que, quanto mais nos apegamos ao passado doloroso mais nos perdemos do amor em si.
Isso acontece porque não sabemos quem seriamos sem esses sentimentos. Na verdade, fazemos isso de maneira inconsciente, por não sabermos, em verdade, quem somos.
“Deixar ir não significa se livrar de algo. Deixar ir significa deixar ser. Quando deixamos ser com compaixão, as coisas vêm e vão por conta própria.” –Jack Kornfield.
Ao reviver o passado, continuamente, estamos falando para nós mesmos que, aquilo que sentimos é importante e que não queremos parar de sentir. Nesse caminho, escolhido por nós, acabamos nos viciando na dor, mesmo que, para nós, a dor seja tudo o que não queremos sentir.
Essa incoerência entre o pensar, o sentir, o falar e o se comportar, nos leva a uma prisão emocional, e por isso, acabamos nos desviando daquilo que realmente queremos: viver em liberdade.
Tudo o que a gente julga, a gente prende dentro de nós, enquanto tudo o que a gente aceita, nos liberta! A liberdade, nesse sentido, só é vivenciada por aqueles que aceitam a própria realidade como ela se apresenta, por aqueles que aceitam as pessoas e as coisas como são.
Por outro lado, quando a gente julga aqueles que, para nós, não vivem a nossa maneira, ou a situação em que a gente vive, como sendo, difícil e problemática, acabamos repetindo essas mesmas situações e atraindo pessoas parecidas no decorrer da nossa vida.
Isso acontece porque é, justamente, onde está o nosso foco, que está o nosso amor. E se o nosso foco está na dor, mesmo que pareça discrepante, estaremos dizendo a nós mesmos, que de fato, gostamos dela, nos afeiçoamos a dor. Gostamos tanto, que não sabemos viver sem ela.
A nossa essência é o mais puro amor desencontrado. É como se vivessemos, em uma constante busca do amor em si mesmo, mas infelizmente, escolhemos julgar os outros em vez de olhar para a nossa forma de amar.
Para superar a dor e romper os ciclos de sofrimento em nossa vida, precisamos encontrar esse amor dentro de nós, antes de buscá-lo nos outros.
Para isso, tudo o que podemos fazer e que está ao nosso alcance é aceitar tudo como é, soltar tudo o que estamos segurando e, depois, deixar ir, em um movimento consciente de esquecer para voltar a viver.
Esse “esquecer”, não é um movimento de resignação, mas sim, uma postura de resiliência. Quando digo para esquecer, não estou pedindo para que vocês esqueçam e voltem a fazer tudo igual, voltem a se relacionar com quem os feriu, voltem a viver as mesmas coisas como se nada tivesse acontecido.
Não, não é sobre esse tipo de esqucimento que falo. É esquecer a dor, é desapegar do sofrer, mas se lembrar da tristeza como uma ferramenta de aprendizado que te levou a adiquirir novas experiências e a ser, essa pessoa, que você se tornou.
Tudo o que aconteceu nas nossas vidas foi necessário para que nós nos tornássemos pessoas melhores. Porém, muitos de nós, se prendem a dor e acabam, com isso, se tornando pessoas piores.
A dor não é algo a ser combatida, mas sim, superada. Nã há luta entre nós e a dor, há coragem. Uma mãe que dá a luz a um filho, sente as piores dores durante o parto, na certeza de que, após superada a dor, o amor mais puro e genuíno, nascerá.
É desta forma que devemos lidar com a dor, com a certeza de que, assim que ela for superada, o amor surgirá ainda mais forte e nos tomará em sua fortaleza.
Porém, se uma mãe resolve se apegar a dor do parto e não a supera, o que acontecerá é que ela viverá uma depressão pós-parto, ou passará a viver essa dor todos os dias da sua vida, incoscientemente, ela poderá culpar o filho e, não conseguirá sentir amor por ele.
Mas quando entendemos que a dor é o que antecede o amor, nós olhamos para a dor como ferramenta e não como castigo. Olhamos para dor como insturmento divino de desenvolvimento e não como combustível para sofrimento.
O problema é que, nós só conseguiremos enxergar a dor assim, se nós nos colocarmos diante dos desafios da vida com aceitação e sem julgamentos.
O que você julga, você prende dentro de você. E enquanto você julga, você não consegue amar! Esses dois não caminham juntos, são como água e óleo, não se misturam.
E se você não consegue amar de verdade, você vai se queixar e reclamar de tudo. E quanto mais você reclama de tudo o que você viveu e que te trouxe até aqui, mais você se aprisiona na dor e no sofrimento.
O contrário é o caminho do meio que me faz olhar para o que doeu com o mesmo amor que eu olho para o que foi bom, com gratidão por ter sido forte e resiliente para superar um a um dos tantos tombos que sofri. Por ter cuidado de cada ferida com amor, por ter vencido a armadilha da culpa, da falta de perdão e dos desejos mesquinhos do ego. Por ter escolhido o amor, em vez da lembrança latente da dor.
Uma forma de vencer a dor é aceitar as coisas que você não pode mudar, aceitar abrir mão do controle e, principalmente, aceitar que você é o único herói da sua vida. Que as pessoas não são obrigadas a te amar como você gostaria que elas te amassem, que elas só fazem o que podem e o que conhecem, que as coisas nem sempre sairão como o planejado e, que não ter dado certo, na maioria das vezes, foi um livramento, uma lição importante que você não teria aprendido caso tivesse dado certo.
As lições estão todas aí, mas só aprende quem quer, só aprende quem está disposto a superar a dor e viver no amor. Infelizmente, muitas vezes, as lições são duras para o nosso ego, é como se o nosso castelo de areia fosse demolido em poucos segundos, mas aceitar que aquele não era o castelo que deveríamos morar, que é preciso construir bases mais fortes, paredes mais resistentes e um telhado à prova de conflitos bélicos será sempre a melhor escolha que poderemos fazer para as nossas vidas.
Esses conflitos bélicos que vivenciamos em nosso interior são sentidos quando somos contrariados em nossas vontades e desejos, em sua grande maioria, infantis.
Aceitar a contrariedade também é uma forma simples de viver em paz, de se libertar dos padrões e crenças limitantes, de nos acolher em nossas infinitas diferenças.
Afinal, se todos fossem iguais, se todos concordassem conosco, como poderíamos nos tornar melhores do que já somos?
As leis universais são sábias e perfeitamente arquitetadas para que nós, enquanto humanos, possamos evoluir. Mas se não aceitamos os desafios da vida e olhamos para eles como se eles fossem muito maiores do que realmente são, acabamos presos em uma teia de ilusões de como poderia ter sido, e isso, nada mais é que uma armadilha que o próprio ego cria.
Experimente parar de julgar, seus pais, seus filhos, seus amigos, seus parceiros de negócios, seus pares romanticos… Experimente aceitá-los como são e, entenda que aceitar, não é se submeter, é simplesmente, saber colocar limites nas suas relações, sem impor ou exigir, apenas expressando como se sente em relação a eles e às situações da vida.
Os seus sentimentos são seus e você pode lidar com eles, apesar de, muitas vezes, ser realmente desafiador encarar a verdade do que somos e sentimos. No entanto, se é extremamente complicado transformar o nosso olhar diante das situações e das pessoas, imagine como seria viver esperando que o outro mude, que a vida mude para, só depois, você fazer o que precisa ser feito.
Não espere as coisas ficarem em paz para você se sentir em paz, porque é justamente em instantes de paz que as soluções chegam.
É justamente o seu estado vibracional que atrai situações e acontecimentos para a sua vida!
Não se preocupe, tranquilize-se e pacifique-se agora, independente de como a realidade se apresenta a você, independente de como as pessoas reagem a você… Aceite as pessoas e a vida!
Tudo o que voce julga te aprisiona, mas tudo o que você aceita, te liberta!
Agradeça as lições e não permaneça onde te machuca, onde não se sente seguro, nem amado, não perca mais tempo sendo infeliz, promova a sua felicidade, supere a dor e, permita que o amor renasça e ilumine todo o seu caminho!
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Iara Fonseca, jornalista, escritora, editora de conteúdo dos portais Resiliência Humana, Seu Amigo Guru, Homem na Prática e Taróloga. Para agendar uma consulta de Tarô Espiritual com a Iara, mande um direct para @ESCRITORAIARAFONSECA
VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.