O poema de Clarice Lispector que corresponde as diversas ambiguidades que vivemos e as quais nos sujeitamos a viver diariamente.
E quando o olhar para determinadas situações parecer exato, preciso e imutável, esquecemo-nos da beleza da vida: De que há vários ângulos de visibilidade para a mesma situação.
Quando por fim descobrirmos a maneira de ver e apreciar a riqueza dos detalhes, da correta dimensão – maior do que nossos olhos podem ver- aí sim, conseguiremos ter opinião suficiente para resolução de conflitos, questões e muitas vezes lamentações que existem em nós e em nossos caminhos. Que possamos ver além… Afinal, o olhar sem profundidade, incapaz de perceber as ambiguidades nunca fez parte da história.
O olhar. Foquemo-nos no olhar correto.
Tudo é o olhar.
A maneira como olhamos, na maioria das vezes é apenas uma questão de escolha.
Tudo é o olhar – Clarice Lispector
Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…
Agora leia o poema de baixo para cima. Tudo é uma questão de como você vê, tudo é olhar!
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