Tudo o que ocorre no mundo externo é uma projeção do nosso mundo interno.

Na prática, não existe uma separação entre interno e externo, entre individual e coletivo.

Vivemos uma dicotomia acreditando que tudo é separado.

Na realidade, todas as questões sociais que perpassam a humanidade são a manifestação, a “materialização” de nossos conteúdos, de nossas questões e de nossos conflitos.

A paz, como qualquer outro aspecto, deve ser compreendida como processo interrelacional, onde existe interligação entre fatos e pessoas, de como somos e estamos no mundo e de suas manifestações.

A questão crucial é que jamais encontraremos a paz fora de nós.

A paz nasce de um movimento interno e se manifesta em nossas relações a partir das contribuições que fazemos para a materialização da proposta de mundo que desejamos.

No entanto, sempre “nadamos contra a maré” da verdadeira paz.

Ainda não a vivenciamos, pois o “eu quero”, o “eu sou”, o “eu tenho” e todo o movimento do ego que dissocia o homem do próprio homem é gerador de conflitos e isto não é um fenômeno social atual.

Em seu percurso existencial, o homem sempre apresentou atritos de todas as espécies, sendo observados comportamentos e condutas característicos geradores de contendas em qualquer época, cultura, território ou espaço social e por motivos vários.

Conflitos sempre existiram, o homem nunca soube viver em paz, embora deseje a paz.

Reflexão transmutativa:

Ultimamente observa-se um processo crescente de espiritualização, contemporaneamente a tanto egocentrismo.

Estamos de fato nos espiritualizando ou se trata apenas de uma “persona” social para maquiar o mal estar generalizado?

Estamos de fato fazendo a nossa parte ou apenas querendo a nossa parte?

Não precisamos somente dar um sentido de paz à nossa vida, precisamos encontrar um sentido de paz no mundo em que vivemos, oferecendo o nosso contributo, pois como disse Mahatma Gandhi:

“Seja você a mudança que deseja ver no mundo”.

E como tudo é uma construção, para a paz não é diferente.

Construa a sua e a distribua pelo mundo a fora!

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https://www.facebook.com/FechamentodeCicloeRenascimento/?fref=ts Soraya Rodrigues de Aragão é psicóloga, psicotraumatologista, escritora e palestrante. Realizou seus estudos acadêmicos na Unifor e Universidade de Roma. Equivalência do curso de Psicologia na Itália resultando em Mestrado. Especializou-se em Psicotraumatologia pela A.R.P. de Milão. Especializanda em Medicina Psicossomática e Psicologia da Saúde - Universidad San Jorge (Madri) e Sociedad Española de Medicina Psicosomática y Psicoterapia. Sócia da Sociedade Italiana de Neuropsicofarmacologia e membro da Sociedade Italiana de Neuropsicologia. Autora do livro Fechamento de Ciclo e Renascimento: este é o momento de renovar a sua vida. Edições Vieira da Silva, Lisboa, 2016; e do Livro Digital: "Transtorno do Pânico: Sintomatologia, Diagnóstico, Tratamento, Prevenção e Psicoeducação. É autora do projeto «Consultoria Estratégica em Avaliação Emocional»