Um filho adotado precisa conhecer sua origem para construir a sua identidade!
Boa parte dos filhos adotivos precisa conhecer suas origens biológicas em um determinado momento para construir sua identidade, mas isso não precisa afetar seu relacionamento com sua família adotiva.
São muitos os filhos adotivos que, após a adolescência, precisam conhecer suas origens biológicas. Todas as crianças adotadas, bem como aquelas concebidas por meio de técnicas de reprodução assistida, têm o direito de receber essa informação quando atingirem a maioridade.
No entanto, muitos enfrentam mais de um problema. São muitos, talvez a maioria, os que veem as suas origens como um papel em branco, um vazio enorme que pouco ou nada responde a todas as suas dúvidas.
As adoções internacionais, por exemplo, tendem a ser um pouco mais complexas nesse aspecto, e não é fácil para uma pessoa conhecer a identidade de seus pais quando seus antepassados estão em outro continente.
Sabemos que, quem conseguiu entrar em contato com suas origens apresenta maiores índices de satisfação. Além do mais, eles se sentem ainda mais ligados à sua própria família adotiva.
É como se, ao saber de onde viemos e onde estão nossas origens, a identidade fosse traçada com mais clareza. E é bem isso que acontece.
Toda criança tem o direito de saber se é adotada, bem como de conhecer sua família biológica se isso for possível.
Filho adotado e a construção de sua identidade
Saber quem somos significa, em muitos casos, entender de onde viemos. Não importa se eu fui adotado e a família que me criou foi amorosa. Ainda me faltará conhecer a minha origem.
A grande maioria dos filhos adotivos costuma perguntar sobre suas origens aos 13 ou 14 anos. É claro que este é um momento delicado – mas também esperado – por parte dos pais.
Observe que existem muitos tipos de adoções. Há crianças que vêm para a família adotiva em idade avançada e que viveram com os pais biológicos. Outros vêm para uma nova casa como bebês de outro país.
Existem crianças que são o resultado de reprodução assistida ou barriga de aluguel. Agora, além dos métodos ou mecanismos para chegar a uma casa específica, estão as necessidades emocionais dessas crianças.
Saber de onde vêm, significa para eles, e seus pais, entrarem em um novo território, não isento de certos medos.
Entender de onde eles vêm faz parte do seu desenvolvimento pessoal
A Canadian Pediatric Society publicou um estudo há alguns anos na revista Paediatrics & Child Health. E defendeu a hipótese de que, à medida que a criança desenvolve seu autoconceito e identidade, ela precisa se conhecer mais. Saber que eles são adotados geralmente abre uma lacuna que torna difícil criar uma imagem positiva de si mesmo. Existem dúvidas.
As crianças que foram adotadas quando bebês precisam saber suas origens tanto quanto as que foram adotadas em certa idade. Porém, de acordo com este estudo, são mais complicadas aquelas que, após sofrerem abandono na família de origem, foram adotadas pelos atuais pais.
Nestes casos, eles mostram sentimentos ambivalentes. Porém, mesmo nessas situações, eles precisam entrar em contato com suas raízes.
É uma forma de integrar essas figuras do passado ao seu presente atual para ter uma visão mais completa de si mesmas e construir sua identidade.
As famílias têm a obrigação de revelar ao filho adotivo qual é sua origem?
As crianças adotadas têm o direito de saber que são adotadas?
Trabalhos de pesquisa, como os realizados na Universidade de Cambridge, indicam que hoje boa parte dos pais acaba informando-os sobre suas origens biológicas.
É verdade que há quem opte por não o fazer, principalmente no caso da reprodução assistida.
Diante desse fato, é importante destacar um fato.
Existem dados e vários relatos de que, em muitos casos, as crianças acabam descobrindo sua origem adotiva ou que nasceram por meio da inseminação de um doador. O fato de não ter sabido antes pelos próprios pais gera angústia psicológica. (Jadva, Freeman, Kramer e Golombok, 2009; Turner e Coyle, 2000).
É por volta dos 6 a 7 anos que a criança entende o significado da adoção, mas é na adolescência que ela adquire maior significado e quando pede para saber suas origens biológicas.
Como agir quando pedem para conhecer sua família biológica?
Os filhos adotivos, como bem assinalamos, têm pleno direito de saber sua origem. Essa etapa facilita a construção de sua identidade e também, o vínculo com a própria família é mais positivo quando existe a confiança plena.
Porém, é verdade que cada caso tem sua peculiaridade e nem sempre conseguir um encontro com os pais biológicos é fácil ou rápido.
O mais adequado é sempre proporcionar uma boa comunicação, apoio e orientação aos filhos adotivos.
Atualmente, existem várias agências que podem ser contatadas para obter essas informações.
O ideal é iniciar essa busca pelas origens biológicas quando o adolescente tiver maturidade adequada e estabilidade emocional.
É possível que o que você possa encontrar não corresponda às suas expectativas (ou muito pelo contrário), por este motivo, é necessário que os pais os acompanhem neste processo e estejam mentalmente preparados para qualquer situação.
Também existem profissionais especializados que podem orientá-los nesse tipo de experiência.
Seja como for, o amor e a confiança dos pais são a chave em todos os momentos.
*DA REDAÇÃO RH. Com informações LMM.
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