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UM MULHERÃO NÃO PRECISA DE MIMIMI’S

Ser um mulherão é ser livre, é se amar por inteira, mesmo se alguns quilos sobram.

Por Simone Guerra

Somos um mulherão quando olhamos para o nosso corpo flácido, com estrias, com celulites, alguns pés de galinhas, e mesmo assim, está tudo muito bem, porque são marcas registradas da vida, das experiências, do tempo…

Nenhuma mulher que se preza, vai permitir que “tem que ser assim ou assado”, porque ela tem personalidade própria, se ama antes de qualquer restrição e não se acata a ditaduras alheias.

Vivemos em um mundo cheio de autoafirmações e padrões que nos são impostos todos os dias. Nós, mulheres, somos escravizadas por nós mesmas ao nos impor modismos e regras absurdas.

Para ser uma mulher com potencial, sexy, inteligente, gostosa, não precisa nada além de ter personalidade e gostar de si própria.

Chega dessas concepções que mulherão é ser gostosa, é ser percebida na multidão. Para ser qualquer “ão”, tem que ser especial, fazer a diferença, sem qualquer dieta absurda, sem qualquer padrão imposto por uma sociedade que nos diz que para ser ideal, é preciso ter tantos centímetros disso ou daquilo de acordo com altura.

Devemos ser felizes do jeito que somos, pois pessoas que se aceitam, que se amam, não diz “amém” para imposições e suposições.

Ser um “mulherão” é ter charme para dizer não na hora certa e sim para se sentir plena. Ser independente de corpo e alma.

Não são apenas o dinheiro e o trabalho que nos libertam, mas a autenticidade de sermos nós mesmas. Nenhuma mulher que se preze, vai permitir que “tem que ser assim ou assado”, porque ela tem personalidade própria, se ama antes de qualquer restrição e não se acata a ditaduras alheias.

Basta de tantas discrepâncias que levam muitos mulherões a neuroses diversas: emagrecer milhares de quilos em uma semana, comprar sapatos e roupas de marcas sem muita condição financeira, comprar no cartão de crédito em duzentas mil vezes porque está na moda.

O bom da vida é ser mulherão mesmo que com pouco dinheiro, desempregada, poucas roupas para sair, porque o que mais importa é o carisma, e isto ninguém compra ou está na moda.

Não precisamos de autoafirmações, porque já somos autoafirmações em pessoa. Não precisamos o que nos escraviza.

Não precisamos de marcas caras, restaurantes internacionais e nem limusine na porta, a verdade é que precisamos de liberdade para sermos quem somos, mesmo que seja em uma camisola de bolinha, cabelos para lá e para cá e chinelo Havaina. É o contexto e não o título, isto sim, é o que nos define.

Ser um mulherão é ser livre, é se amar por inteira, mesmo se alguns quilos sobram. Ser um mulherão é se sentir gostosa dentro de uma calça de jeans e camiseta.

Somos um mulherão quando nos desdobramos para a família e paramos de trabalhar por um tempo para nos dedicarmos aos filhos.

Somos um mulherão quando olhamos para o nosso corpo flácido, com estrias, com celulites, alguns pés de galinhas, e mesmo assim, está tudo muito bem, porque são marcas registradas da vida, das experiências, do tempo.

Não há necessidade de unhas e cílios postiços. Não há necessidade de exibir decotes e pernas invejáveis.

Não há necessidade de se matar na academia para queimar gordurinhas extras e ficar sequinha. Não há necessidade de cabeleireiro todas as semanas e nem fazer as unhas.

Não há nenhuma necessidade, se você não se ama, não consegue se sentir importante para quem ao seu lado e está vivendo apenas de fachada.

Não há necessidades em se fazer melhor ou mais bonita, quando a alma está cheia de obrigações e aparências. Não tem necessidade alguma, se por dentro, você está se sentido qualquer coisa, menos um mulherão.

É importante ter uma aparência, mas que seja de verdade, sem ser fingimento com você mesma.

Um vestido novo, uma ida ao salão de beleza, algumas aplicações de botox, fazer atividade física, comprar o sapato mais caro, são necessários também, porém que não seja escravidão imposta, compulsão causada por decepção e solidão, mas que sejam opções para nos sentirmos mulherões de fato.

Um “mulherão” é aquela que se sente livre, sem ter uma vida embasada em superficialidades e ditaduras para sobreviver o dia a dia.

Quer ser um mulherão? Seja você mesma sem qualquer “mimimi” de uma sociedade que te seduz e depois nem te percebe.

Seja apenas um mulherão ao seu jeito, nem que seja às avessas! O mais importante está nas entrelinhas da sua beleza interior e na delícia de se viver livre.

Resiliência Humana

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