Eu sei que em algum momento tudo o que era bonito deixou de fazer sentido pra você.

Assim como quem dirige livremente por uma estrada cantarolando no volante e acreditando que está tudo sob controle, você colidiu com a sua insegurança. Capotou em meio a tantas dúvidas, se viu jogado ali no chão e não sabia para onde ir.

Mas não estava tudo bem?

Tudo bem, não está mais.

Mas eu era a estrada por onde você percorria. Era eu quem estava ali durante a sua viagem.

Você saiu da estrada e ficou no acostamento sentado, atordoado. Sem saber o que fazer ou pra onde ir.

Talvez foi o medo de seguir, talvez foi o medo de encarar as próximas batidas que poderiam vir pela frente.

Não sei ao certo, só sei que você decidiu parar, pensar na vida, ceder aos medos ou qualquer outra coisa.

A única coisa que sei foi que você decidiu não continuar.

E como toda estrada, eu segui.

E fica aqui o pedido de quem entendeu a sua parada:

Não volte. Não siga pela mesma rota a me procurar, como se não houvesse nada.

Respeite o meu caminho e a liberdade que nele existe.

Pegue outra via. Pegue o retorno para outro destino.

Esqueça o meu ponto final porque ele não espera mais por você.

Siga em direção ao oposto ou fique aí parado. Já não me importa mais.

Mas não volte, não há mais espaço para você na minha estrada.

Ela segue ensolarada e sua chuva de dúvidas não podem mais atrapalhar o meu horizonte.

A sua velocidade não tem mais o direito de tirar a minha paz.








Tem 28 anos e quando for pai será o mais babão do mundo. Diferente da maioria, adora falar em público. Escreve um livro há 5 anos, não quer ser mais um “escritor de coisas melosas”, e escreve aqui sobre relacionamentos como se estivesse dando conselho para amigos, porque está.