A vida até pode ser dura. Mas duro mesmo é quando a gente passa a maior parte do tempo dentro dela reclamando sem agir, sem cuidar, sem apreciar os bons momentos.
É quando temos braços e pernas e não conseguimos seguir a lugar algum é quando só queremos conforto esperando que tudo caia do céu, achando que tudo é assim manso, fácil e sem cobranças do alto.
A vida não é porta de entrada para lamento. Quem constrói uma base mais honesta aprende a defender o seu, aprende a sobreviver diante dos propósitos de Deus.
Duro é ver a miséria alheia e não se importar, é ver as pessoas perdendo valores e apostando alto em seu ego e vaidade no jogo de quem pode mais.
Muitas vezes somos diagnosticados pelo excesso de orgulho, raiva, mágoa e falta de cordialidade com o próximo; desviando de coisas que agregariam o coração com mais humildade, trazendo mais euforia na alma, como sustentação e elevação para o caminho.
Muitas vezes a vida nos empurra para o abismo porque não soubemos conduzi-la com decência, dignidade, honestidade nos passos. Plantamos o que colhemos. Seja tempestade, brisa, amor ou dor.
A vida não seria assim tão rude, tão desumana, se aprendêssemos as leis do amor e a oferecer gentileza e respeito.
Ela passaria a ser mais esclarecedora se tirássemos essas vendas que nos enclausuram num mundo só nosso, onde olhamos apenas para nossos umbigos, onde sentimos o sinal de perigo e, mesmo assim, nós nos declaramos capazes de tomar conta de tudo nos achando o máximo da inteligência emocional.
É preciso baixar a bola, sair de campo e refletir mais em tudo que está por aí nos testando, nos obrigando muitas vezes a não sermos tão maldosos e destruidores da paz alheia.
Pessoas que lutam internamente, realmente, tendem a busca de melhora, saem da zona de conforto, saem das suas caixas e partem em auxilio feito uma caravana de amor e estreitamento com pessoas que também merecem atenção, merecem chance, merecem felicidade.
Pessoas que canalizam a energia do bem e afloram pensamentos bons e sentimentos honestos. Um dia a casa cai, a estrutura desaba e na correria, salve-se quem puder.
É preciso jogo de cintura, postura, reconhecimento do erro, prestando contas consigo mesmo, reaprendendo o respeito por tudo que precisa ser respeitado e tratado com mais sensatez.
A vida dá muitas voltas e ninguém está isento de prestar contas com o tempo.
Duro mesmo é não aprendermos nada, e continuarmos insultando a vida e as pessoas, sentindo-nos eternos Semideuses.