Estamos na era da razão abstrata em que o narcisismo idealiza motivos para se manifestar com intuito de chamar a atenção atrás das telas.

A internet forneceu a muitos este falso poder. Por detrás de uma tela, muitos acreditam ter soberania, e vão expondo assim o seu lado narcisista escondido.

A mídia social deu a falsa impressão de que a vida, a pessoa em si, pode ser melhor do que as demais, criando assim uma realidade abstrata onde, formatamos anagramas de uma memória que só existe em nossa consciência.

Os enagramas são memórias consolidadas, marcadas, e estamos marcando realidades que só são reais na nossa própria imaginação e a tornamos definida e irreparável.

A falta de conhecimento, de humildade, de interesse em observar, e de filosofar a vida nos faz agir como os sofistas faziam, e revela uma limitação intelectual que impede de ultrapassar o limite do desconhecido e ainda ignorado por nós.

Com isso, vamos bloqueando a possibilidade de interagir com o novo.

O narcisismo interfere na realidade, e não nos permite conseguir aceitar que há muito para além do que se sabe.

Essa interferência narcísica patológica, se revela diante do fato de que, quanto mais conhecimento se tem e se busca, menos soberano se sente, diante da imensidão de caracteres que definem as verdadeiras razões da vida.

Temos que buscar mediante a intenção, e a vontade uma reflexão de que uma tela não revela, apenas esconde, pois não há soberania em meio à solidão.

De que não há sabedoria onde não se pode promover a própria imortalidade; já que o fim é o mesmo todos, não existe ninguém melhor do que ninguém.

A finitude é certa e absolutamente democrática.

Temos a opção de deixar um legado para que se orgulhem de nós ou que o orgulho nos cegue.

O sentimento de avareza apodrece a alma e nos coloca em exílio.

Não deixe que o narcisismo te coloque nesse lugar. Foque no que é real, no que se pode tocar, sentir, perceber. E se liberte da necessidade de provar que você é melhor do que qualquer outro ser vivo nessa Terra, pois todos nós voltaremos ao pós de onde viemos.

Seja humilde e dissemine o poder da humildade pelas redes, por trás das telas, e para todos aqueles que cruzarem fisicamente o seu caminho.

PRECISAMOS VENCER A ERA DO NARCISISMO QUE SE MANIFESTA E SE ESCONDE POR TRÁS DAS TELAS.

*Foto de Kelly Searle no Unsplash

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.