Vivemos um transtorno coletivo de personalidade dramática, diz neurocientista
Estamos vivendo um momento da história mundial onde estamos enfrentando um coletivo de transtornos de personalidades dramáticas e os sintomas mais evidentes são: comportamentos incoerentes, falta de percepção aparente, imaturidade e traços de compulsividade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo devido a diferentes fatores como, violência urbana, preocupações políticas e econômicas.
Nesse contexto, acredito que existam sintomas perceptíveis na sociedade de modo coletivo que caracteriza um transtorno generalizado pós-pandemia.
A personalidade dramática é aquela que olha apenas para os seus interesses, e geralmente, esses interesses, causam um grande estrago, pois são pessoas que têm emoções intensas, instáveis e autoimagens distorcidas.
O Brasil é também o segundo maior consumidor de internet do mundo, fato que também tem relação com a ansiedade e a cultura, o que nos leva, muitas vezes, a desenvolver danos mentais derivados de transtornos dramáticos aparentes.
A nossa personalidade carrega características individuais que pertencem a um padrão contínuo de emoções, comportamentos e pensamentos. Estima-se que entre 9 e 15% dos adultos apresentem ao menos um transtorno de personalidade.
Outros estudos apontam que 4 e 12% das pessoas apresentam um diagnóstico dessas psicopatologias. Dados internacionais também sugerem que esses transtornos se fazem mais presentes em áreas urbanas e em indivíduos que estão em contato constante com os serviços de saúde.
O ciclo ansiedade/negatividade/recompensa positiva, torna-se intermitente e quando fora de homeostase, causa um desequilíbrio que afeta a rede de conexões do sistema límbico, núcleos da base, com córtex pré-frontal.
O meu estudo concluiu que as dificuldades estruturais repercutem diretamente no funcionamento cerebral humano. Desse modo, o diagnóstico de transtornos requer atenção aos mínimos detalhes para definir um tratamento assertivo e efetivo.
É de extrema importância a ressignificação dos comportamentos autodepreciativos e autodestrutivos para que consigamos ter uma melhor compreensão do ‘eu’. Mas para que isso seja possível, é preciso, que todos nós nos empenhemos no trabalho interno de nos tornar conscientes das nossas próprias necessidades para transformar a gama de aspectos biopsicossociais e espirituais que nos levam a desenvolver transtornos dramáticos que afetam a realidade global.
O homem transtornado é capaz de criar conflitos irreversíveis, e por conta deles, a nossa realidade pode se tornar dramática, fato que pode nos levar a sofrer, por muitos anos, as consequências dos seus atos.
*Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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