Vivemos uma geração que despreza a inteligência, diz neurocientista. Segundo Fabiano de Abreu, a percepção sobre a inteligência mudou.
Com o advento das redes sociais, da informação rápida, da instantaneidade das ações, pessoas como Einstein, Beethoven, e outros grandes gênios teriam as mesmas oportunidades se vivessem nos dias de hoje?
O neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela explicou que, antigamente admirava-se o intelecto e os gênios da época tinham oportunidades, justamente, pelo fato das pessoas terem admiração por eles.
“As pessoas apostavam neles. Hoje em dia, você passa despercebido no meio da multidão. Se você tem uma boa ideia ou um pensamento revolucionário, as outras pessoas veem isso como competição pois estamos vivendo uma era narcisista”, afirmou.
Diante disso, se destacar, que é algo que as pessoas com inteligência acima da média fazem, pode acabar parecendo um problema para as demais pessoas.
Segundo o neurocientista:
“Terão pessoas que vão tentar negligenciar a capacidade intelectual dos outros. É necessário ter coragem para se sobressair”.
Fabiano também disse que essa geração narcisista, dos dias atuais, se deve muito, às famosas redes sociais, em que há uma certa disputa entre quem tem a melhor vida.
“Dentro dessa cultura de rede social, em que o que você posta é o que define quem você é, as pessoas competem entre si para serem aceitos. A cultura da rede social aumenta o narcisismo que já é inerente aos seres humanos”, disse.
O professor também explicou que, quando estamos atrás de uma tela, estamos mais sozinhos, porque a interação real e humana ao nosso redor acaba diminuindo.
“Se tivéssemos uma interação maior entre as pessoas, a necessidade de aceitação não seria tão grande assim”, concluiu.
*DA REDAÇÃO RH. Sobre Fabiano de Abreu Agrela: Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México.
Foto de Joshua Rawson-Harris no Unsplash.
VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.