Veja bem, você não é obrigado a ter responsabilidade emocional com o outro. Mas pense bem, o outro não é um objeto, o outro é um alguém como você. O mínimo que você pode fazer por alguém que você se envolve é ser transparente com essa pessoa. Não se trata de responder ou não as expectativas do outro. Dane-se se você pensa que não deve dar satisfação, se você acha que não tem obrigação nenhuma de ser transparente com o outro. De fato, você não tem. Mas ao menos tenha sensibilidade de perceber que você é diferente do outro, as pessoas são diferentes, têm reações diferentes das suas. E mesmo que você ache essa ideia de “responsabilidade emocional” uma bosta.

Se coloque no lugar do outro, entenda o conflito que o outro está passando. Pode não doer em você, pode não fazer diferença pra você, mas para o outro dói, pode ser devastador, entende? E você como pessoa, deve ao menos, dizer, falar, ser transparente. A não ser que de fato você seja um embuste.

Você tem todo o direito de sair da vida de alguém quando quiser, mas quando o outro aceitou que você entrasse na vida dele, esse outro te deu uma oportunidade de ser alguém em sua vida, de conhecer. O mínimo que você deve fazer, é agir com a verdade, até quando não quiser mais ficar.

Tudo bem se você não está no momento de permanecer, tudo bem se você enjoou, se não foi exatamente aquilo que você esperava que fosse, ou se você não quer mais. Mas, você não tem o direito de iludir as pessoas pra compensar sua carência, satisfazer o seu ego e preencher algum vazio sentimental que você sente naquele momento e simplesmente sumir.

Se você entrou na vida de alguém, tenha ao menos a capacidade de ter responsabilidade afetiva. Diga, fale, converse se você chegou num momento de sair fora. Não seja egoísta e canalha a ponto de sumir e achar que o outro tem obrigação de entender a tua fuga, porque um dia alguém poderá fazer o mesmo contigo. E não vai ser bom, acredite.

Acho que as relações seriam menos complicadas se as pessoas falassem em vez de sumirem do mapa, se esclarecessem as coisas em vez de agirem com indiferença e deixar que o outro busque por respostas sozinho, se falassem a verdade em vez de falarem algo bonito pra disfarçar a falta de coragem de ser sincero.

Se você quiser, diga! Se não quiser, admita! Se só quer ficar, fale! Se quer algo sério, converse! As relações seriam menos complicadas se as pessoas fossem mais sinceras.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .