Você não reage a realidade, e isso é ótimo!
Pode parecer um conceito bem estranho, mas essa é a verdade, você nunca reagiu a realidade, mas fique tranquilo, nenhum de nós sabe efetivamente se estamos lidando com algo real ou não. A principal razão disso é que o nosso cérebro não sabe diferenciar imaginação e realidade, a nossa mente sabe, nossa estrutura psicológica até consegue nos dar essa resposta, mas mesmo assim devido a diversos fatores a nossa mente pode confundir real e irreal, mas o cérebro como estrutura biológica não tem a capacidade de fazer essa diferenciação.

A partir dessa informação podemos começar com a ideia simples de que existem duas realidades, a interna e a externa. A realidade interna é o que ocorre aí dentro de você, seus pensamentos, sentimentos, seu estado interior. Já a realidade externa é tudo o que ocorre além de você, tudo o que acontece no mundo a sua volta.

Agora você deve estar pensando: “Mas eu reajo a essa realidade externa”. Não, você não reage a ela, você a interpreta.
Agora você deve estar pensando: “Mas eu reajo a essa realidade externa”. Não, você não reage a ela, você a interpreta, e essa interpretação faz com que você misture a sua realidade interna com a externa. Para nós a realidade externa e a interna não existem de forma independente, elas se complementam, então a sua realidade externa, tudo o que você vê e ouve acaba refletindo a sua realidade interior, seu estado mental podemos dizer.

Vou te dar um exemplo bem simples, quando você acorda de mau humor e pensa: “O meu dia hoje vai ser ruim” e a partir dali tudo está ruim, e o mesmo vale para quando você acorda de bom humor e as coisas parecem funcionar muito bem. Isso não é mágica, é um conceito bem simples: “O que você foca, aumenta”, se você acorda de mal com a vida e decide que terá um dia ruim, você dá uma ordem para o seu cérebro focar nas coisas ruins, nesse momento coisas mínimas parecerão gigantescas e serão o bastante para estragar o seu dia, o mesmo vale para o oposto, ao decidir que terá um bom dia e focar nas coisas positivas, essas coisas boas parecem muito maiores que as ruins que passam muitas vezes despercebidas.

Muitas pessoas encaram essa ideia como uma “negação da realidade”, mas não estou pedindo para que você negue a realidade, em momento algum digo que problemas não existem, mas afirmo que a maior parte deles não é tão grande como acreditamos que são. Existe uma reflexão budista bem simples para esse caso: “Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar. Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão”.

Mas voltando a ideia central do texto, vou te dar outro exemplo, você provavelmente tem um objeto de grande valor pessoal, mas pouco ou nenhum valor financeiro, pode ser um chaveiro, uma caneta, uma lembrança qualquer. Aos olhos de outras pessoas esse objeto pode ser algo comum, do dia a dia, mas para você, que conhece a história desse objeto e tudo o que ele representa, não é apenas um objeto comum, ele tem um significado. Nesse caso temos várias realidades para o mesmo objeto, tudo depende na verdade do significado que cada um atribui a ele.

Isso é a realidade, nossa significação sobre os acontecimentos.
Isso é a realidade, nossa significação sobre os acontecimentos. Se dissermos que algo é bom ou ruim, esse acontecimento será definitivamente bom ou ruim para nós, independente da interpretação das outras pessoas sobre essa situação. Mas qual é a vantagem nisso tudo? Por que isso é ótimo para nós?

A resposta é simples, o ato de meditar faz com que seu cérebro produza determinados neurotransmissores que melhoram nosso estado mental, porque o cérebro não sabe que aquilo se trata de uma meditação, ou seja, algo que se passa na nossa mente. Ele assume aquilo como verdade, como realidade, e responde biologicamente aquela situação, e isso não funciona apenas com a meditação, isso funciona em qualquer exemplo de estado mental simulado ou criado, por exemplo, quando as pessoas estão orando ou rezando, quando você está fazendo um exercício de imaginação, você está criando determinados “cenários mentais”. Isso vale tanto para estados bons quanto para os ruins. Então se criamos na nossa mente cenários negativos de maneira repetitiva, nosso cérebro reage a essa criação, e produz substâncias para manter um estado mental compatível com essa “realidade”.

Isso te dá uma nova oportunidade, pense comigo, se você pode criar essas “realidades internas” e elas afetam diretamente a forma como você interpreta a “realidade externa”, isso quer dizer que você pode sim desenvolver estados mentais mais eficazes para viver melhor, vendo as coisas de maneira mais positiva e lidando melhor com o mundo que o cerca.

Você pode literalmente escolher como a realidade vai lhe parecer, se vai ser algo bom ou ruim…
…e assim pode mudar a forma como você reage ao mundo, porque não controlamos o que vem de fora, mas podemos sim controlar o que vem de dentro.

Para fechar esse texto vou indicar um exercício para praticar essa ideia, eu uso isso com meus clientes como forma de conscientizá-los sobre como eles são responsáveis pelos seus estados mentais, esse exercício consiste em passar 24 horas sem reclamar, ou pelo menos se policiando para reclamar o mínimo possível, e depois escrever um relato de como foi esse dia, como as coisas lhe pareceram ao longo desse período.








Sou Psicólogo, e possuo formações também em Coaching, Programação Neurolinguística, Hipnoterapia e Orientação Profissional. Atualmente resido e atuo em Varginha-MG e realizo atendimentos online. Gosto de dizer que sou apaixonado por ajudar as pessoas a realizarem mudanças reais em suas vidas e que acredito no potencial infinito da mente humana.