Não tem como fugir, uma hora, mais cedo ou mais tarde, a sua mente te cobrará esse momento.
Digo agora, ao iniciar este artigo, que sei o quanto não gostamos da realidade. Uma realidade externa e também aquela que mora dentro da gente. Já tive pavor dela! Já tive pavor dos meus pensamentos, das escolhas que fiz e das coisas que pensei que poderia fazer. Eu tinha pavor de tudo que existia em mim e que eu insistia em esconder.
Um bando de mentirosos seríamos se disséssemos que não temos monstros dentro da gente. Temos muitos deles, quase um exército prontinho para atacar, para nos atacar também. Prontos para nos expôr, arrancar nossas máscaras e nos jogar no meio do circo para que sejamos julgados por todos.
Mas, meu amor, não há como fugir. Para nos esconder somos muito capazes de fugirmos de todos à nossa volta, evitarmos alguns olhares e até mesmo acamparmos em montanhas altíssimas no meio do nada pensando estupidamente que a solidão física nos fará fugir dos nossos próprios monstros.
Pobre ilusão!!! Pobre ilusão você acreditar que fugindo de tudo, fugirá de você mesma e da pessoa que é. Nem a morte é capaz de te tirar da loucura de seus atos, de suas angústias, de seus medos. Sua mente vive e viverá pela eternidade e, junto dela, os mesmos tormentos, as mesmas mazelas cravadas em sua alma. Não há para onde fugir.
Iniciando meu trabalho de coaching de vida para mulheres, usando de algumas ferramentas, tenho visto o quanto temos medo de ficarmos de frente com nossa sombra, com o nosso mal. Damos volta, contamos histórias e damos risadas altas para distrair o outro, mas, no fundo, lá dentro, um zumbido agonizante implorando pra ser exposto e tudo o que fazemos é correr pra longe, evitar, esconder, apagar. Mas como? Como se a coisa de que fujo mora dentro de mim?
Enfrentar os seus monstros é o grande desafio.
Não tem como fugir, uma hora, mais cedo ou mais tarde, a sua mente te cobrará esse momento. Uma hora você precisará ficar frente a frente com seu reflexo e enfrentar seus monstros. Aceitá-los, aprender a viver com eles.
Sair da sua zona de conforto é a proposta deste artigo. Fazer você ver, com lucidez, que toda essa fuga, todo esse jogo de gato e rato, não terá um fim desde que você se enfrente, desde que você se aceite, se conheça e dome seus próprios selvagens.
Dessa forma, o mundo se tornará um lugar melhor para viver. As pessoas parecerão menos ameaçadoras e sua vida muito mais colorida. Terá vencido, terá enfrentado o mal que te angustiava, terá se livrado de algo que não te fazia bem.
É preciso que a gente se conheça, se goste, dome nossas más inclinações, aceite o que somos e como somos, para que não precisemos mais fugir nunca de ninguém e tão pouco, de nós mesmos, porque seremos aliados de nós mesmos e nunca mais, eu digo, nunca mais, nossos próprios inimigos.
Seja feliz na sua busca pelo autoconhecimento.
Todo Comportamento Reflete uma Condição: Saber Distinguir Pode Oferecer Soluções para a Remodelação Pessoal A…
Exposição de Crianças Superdotadas nas redes sociais é excessivamente superior no Brasil do que em…
Halloween: Como o nosso cérebro interpreta o medo? Os sustos e o medo são processos…
Dia do Professor: Profissional que criou método inovador explica o que deve ser transformado na…
Baixa motivação diurna: como metas diárias podem ser a chave para regular o humor e…
A Complexa Relação entre Psicopatia e Inteligência: Reflexões a partir da Neurociência e da Ficção…